segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013



A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOUTRINE OF   THE TRINITY IS HERESY

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TEXTOS  DO  EVANGELHO  DE  JOÃO  AGLUTINADOS
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João 10.29-30  Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da minha mão do meu Pai. Eu e o Pai somos um.

João 14. 1 ─ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim.                                                                                                                                             

João 14.8-11    Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isto nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco, e ainda não me conheceis, Felipe? Quem me viu a mim, viu o  Pai: Como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.  Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores que estas; porque eu vou para o Pai;

João 14.26    Mas o ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar todas as coisas, e vos lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.

João 14.28    Ouviste  que eu vos disse: Vou, e voltarei a vos. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu.

 João 15.16  Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.

João 17.2-3    Assim como lhe deste autoridade sobre toda a terra, para que lhe dê a vida eterna a todos aqueles que lhes tens  dado. E a vida eterna é essa: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.

 João 17.11     Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.

João 17.18-26    Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. E rogo não somente por esses, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós”; para que o mundo creia que tu me enviaste.  E eu lhes dei a glória que a mim me deste, “para que sejam um, como nós somos um”; “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam um perfeitos em unidade”, a fim de que o mundo conheça que tu me enviastes, e os amastes a eles, assim como amastes a mim.  Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda, para que haja neles aquele amor que me amaste, e também eu neles esteja.
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         Novamente, quero chamar a atenção, para o fato e conclusão objetiva; de que a interpretação literal de João 10. 30    Eu e o Pai somos um é de total improcedência e insustentável, como também João 14. 9  Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Filipe? Quem viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?.. Senão vejamos! Os textos do capítulo treze ao final do capítulo dezessete, retratam o momento da celebração da páscoa e instituição da ceia; e são nesses textos que o Senhor Jesus, principalmente à partir do capítulo dezessete; quando Jesus ora pelos discípulos e também por nós e fala efetivamente em comunhão. E diz que essa comunhão, pode e deve ser também entre o Pai, o Senhor (ele) e todos os que o recebam como salvador e Senhor ─ não valendo dois pesos e duas medidas; de se dizer que quando o Senhor Jesus fala “que ele e o Pai são um”, seja literal e quando o Senhor Jesus diz “que sejamos um com ele e o Pai”, aqui seja figurado. Lê-se em João 14. 20    Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Também João 17. 21     Para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. É elementar a conclusão, de que aceitando a interpretação literal para esses textos, estaremos sem sombra de dúvida; fundamentando e legitimando, com toda a  grandeza, a procedência da filosofia PANTEÍSTA de Baruc de Spinoza, que conclui na sua sistematização, que nós  seres humanos e todos os elementos da natureza somos ou formamos um todo com Deus; no que, devemos ter todo o cuidado no estudar efetivamente as Escrituras; cuidado esse, que para impedir essas distorções. Ao reproduzir esse texto, que consta dos que foram aglutinados à semelhança do Midrash, também de João 14. 28    Ouviste o que eu vos disse: Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu; ou precisamente nessa direção; o Pai é um e eu sou o outro, Jesus,  Seu Filho unigênito; tudo isto, dentro da visão didática e acessível a todos nós seres humanos, de que podemos, conforme a oração de Jesus, sermos um em comunhão com ele e o Pai. 
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         Como o já demonstrei reiteradas vezes, inclusive com a série de textos do Evangelho de João aglutinados ou ordenados para mostrar o quanto é claro o que tenho defendido, justamente nos escritos dele ─  aqui no seu evangelho; o quanto é improcedente essa idéia da tri-unidade ou a de Jesus ser o próprio Pai. Inclusive, agora, essa consideração a partir desse texto de João 14. 28c; que já usei  no elenco dos textos do evangelho de João aglutinados. Ainda,    Eu e o Pai somos um, no qual se lerá com toda tranqüilidade semântica, considerando o contexto dos outros três evangelhos e de todo esse de João, principalmente o capítulo 17: Eu e o Pai temos plena comunhão, em tal grandeza que Ele me mandou representá-lo junto aos seres humanos, me dando todo o poder (Mateus 28. 18) e um nome que é acima de todo nome (Filipenses 2. 9-11)... Como ele próprio disse João 5. 26    Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo.   
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         Do mesmo modo como Jesus; quando quis que ficasse registrado    para que os discípulos e nós aprendêssemos    que Jesus é o Filho unigênito de Deus (Mateus 16. 13-17 e que se assenta à direita do Pai, conforme Mateus 22. 41-44, Marcos 12. 35-37 e Lucas 20. 41-44    nessa argumentação já amplamente feita, que vale a pena continuar...
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         Entretanto, como sinalizei no início do parágrafo anterior; quero agora trabalhar de maneira mais efetiva essa informação do Senhor Jesus quanto ao Pai, quando diz que o Pai é maior que ele, nesse outro registro em João 14. 28c, que objetiva um informar sistemático com propósitos perseguidos e trabalhados de forma clara e didática.
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         Essa fala de Jesus registrada por João, obviamente foi intencional; e sendo intencional, demonstra claramente um ensino que se pretendeu dar com isso; tanto que, já fora feito num relato anterior desse mesmo evangelho (já transcrito acima), João 10. 29-30 ─  Meu Pai que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um. Observe que no versículo 29 o Senhor Jesus diz ser o Pai maior que todos    embora no versículo 30 ele diga que ele e o Pai sejam um, no seguimento, João 10. 36, ele diz também, ser o Pai maior do que ele    como de igual modo, posteriormente repetiu essa mesma afirmação João 14. 28    Ouvistes o que eu disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-eis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu. Que infere concluir, que quando ele disse que o Pai é maior que todos, isso incluiria também a sua pessoa, que não é o Pai... Entenda de igual modo, que toda essa construção, que  basicamente norteia todos os escritos de João, tem a preocupação de informar; ser a comunhão do Senhor Jesus com o Pai próxima ou parecida com o serem um, e ao mesmo tempo enfatizar que os dois são duas pessoas distintas... Observe  também que neste capítulo, o número 10. 22- 41    que já comentei anteriormente; o assunto tratado foi a acusação dos fariseus  de Jesus se apresentar como sendo o próprio Deus. Coisa que primeiramente Jesus mostrou que poderia fazê-lo do ponto de vista semântico, pois há Deus e deuses, citando o Salmo 82. 6  e depois afirmou veementemente     àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus.     
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         Considere ainda: Se a Doutrina da Trindade defende que quando Jesus disse que “Ele e o Pai são um” (João 10. 30), isso seria literal, como provei com o capítulo 17, ser figurado. O pressuposto de ser literal como defendem os trindadistas, exclui o Espírito Santo ou “um” seria somente o Pai e o Filho. Tomemos todo cuidado com o que apressadamente concluímos do texto sagrado, ou o que estudamos e estudamos a partir de ditos eminentes teólogos    que são importantes na ajuda do nosso Estudo, todavia, às vezes exatamente como contraponto ou aquela bigorna (em quem bater, contrapor-se) de sedimentação que conjeturei no Preâmbulo.  

                                ANTÍTESE DA  DOUTRINA  DA  TRINDADE
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         Após você ter lido até aqui o subtítulo sobre a avaliação textos de João e a anterior aglutinação de textos do evangelho dele; e ainda continuar a defender essa doutrina;  meu querido irmão, nós estaremos com sérios problemas de racionalidade e fé    eu e você. Eu porque estudei, avaliei e escrevi tudo isto baseado no texto sagrado e, segundo você eu estaria errado... E você, que embora tenha lido e avaliado todos os textos que citei; não conseguiu entender e aceitar... Realmente, nós teremos um grande e sério problema de Romanos 12. 1-2, e deveremos continuar orando e estudando cada vez mais essa maravilhosa Palavra e, desde o começo, porque até agora nada teríamos aprendido desse manancial inesgotável.                    
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        Para começar a fechar, o que já estaria concluído e terminado sobre a Doutrina da Trindade, que de fato assim não será, pois mesmo crendo que seria o suficiente, muito ainda se dirá, nisto; parece-me que não foi suficiente o aqui trabalhado inúmeros fatos narrados e textos discursivos de muito peso teológico; vou trazer (eu é você que está lendo este Estudo) à memória em destaque quatro (4) textos que são uma espécie de ANTÍTESE da improcedente Doutrina da Trindade, que são: João 3. 16    Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, no que, pelo amor de Deus trindadistas! Deus enviou o seu filho, enviou o seu filho, enviou o seu filho; porquanto o Senhor Jesus é o Filho do Senhor nosso Deus, o Pai; e esse texto mostra claramente a existência dessas duas pessoas. Também  Filipenses 2. 5-11  Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é acima de todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai. Por mais que se tente sofismar a favor da extra-bíblica Doutrina da Trindade que tem um grande peso, pelos seus dezessete séculos de existência e prática, textos como esse, é motivo de não permitir decididamente, que se perpetue algo tão absurdo em termos teológicos... De igual modo, João 17. 3    E a vida eterna é esta: Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Que embora seja objetivamente claro; os “trindadistas” conseguem fazer do Senhor Jesus, nesse e outros textos, ser uma simples manifestação do Pai. E por fim o texto de I Coríntios 8. 6     todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas a coisas, e por ele nós também… Se você conseguir construir para esse texto obviamente de duas pessoas, num discurso teológico objetivo, e numa exegese que conclua o uno metafísico, uma só pessoa… Terá conseguido invalidar praticamente toda a fé cristã.
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            É oportuno que se diga nesse caminhar para o término desse Trabalho, que a maioria das pessoas que defendem a chamada Doutrina da Trindade; o fazem a partir de textos não efetivamente sistematizados dentro de uma contextura ótima, quando apelam para exclusão de textos optando tão-somente por aqueles que convêm ao que pretendem fundamentar, que lhes são objetivamente contrários, e o caminho via filosofia torna-se uma muleta importantíssima para fundamentá-la; sendo também por esse motivo que busquei ostensivamente trabalhar a improcedência dessa doutrina principalmente nos escritos de João, todavia, o peso dessa doutrina é muito grande pelo seu tempo de existência; reitero; embora já tenhamos estudado bastante os textos de João; apelo para que você que está lendo esse Blog, que carinhosamente leia todo o evangelho de João e as suas três Epístolas, na qual você verá de maneira muito clara o que a Bíblia ensina de forma didática e objetiva sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo... Quando você o fizer, dê uma especial atenção para os textos seguintes: I João 2. 21-24, I João 5. 5, I João 5. 10  e  II João 1. 9.

           A  AMBIGÜIDADE  FILOSÓFICA  DE  AQUINO  NA TRINDADE
274
         Ainda dentro do que chamo de antítese  dessa doutrina, gostaria de citar Tomás de Aquino, que assim como Agostinho, não deveria estar dentro dos Seminários evangélicos como base  para  sistematização... Na sua Suma Teológica; questão XXXI; Da Unidade e da Pluralidade em Deus; em quatro artigos filosóficos, que tenho certeza; Platão e Aristóteles, dos quais ele e Agostinho são discípulos; não assinariam em baixo, dessa “mais plena ambigüidade teológica”, quando ele diz no quinto parágrafo do art. I:    Em tudo que se diz de Deus, o concreto é  predicado do abstrato; assim a deidade é Deus e a paternidade é o Pai. Ora, à trindade se não pode chamar trina, porque então haveria nove realidades em Deus, o que é errôneo. Logo, não se deve aplicar o nome trindade a Deus. Mas, em contrário, diz Atanásio: Devemos venerar a Unidade na trindade e a Trindade na Unidade”... O caldeirão de ambigüidade no qual está contido a Doutrina da Trindade ─ falando com toda gravidade, permitiu a Aquino se contrapor de maneira veemente a Atanásio  aqui nesse axioma jocoso que se resume numericamente em três tricotomias humanas ou nove realidades em Deus, decorrentes das três pessoas da trindade. Vê como Aquino mistura as coisas! E ao mesmo tempo buscou ser contundente; só que por intermédio de uma espécie de antolho, no qual, com essa sua estreita derivação filosófica ele resolve abandonar o caminho da trindade, que é próximo do elementar e didático bíblico; para seguir pela radical visão da tri-unidade, que é a negação total de toda a Bíblia.           
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         Toda essa questão denominada: Da unidade e da  Pluralidade  em Deus, nos seus quatro artigos e oito parágrafos (cinco no primeiro art. e três no terceiro art.), com as suas dezesseis respostas e também as suas quatro soluções, deveriam conduzir àqueles que se pautam por Tomás de Aquino; a romperem com ele e também com Agostinho pelo grau exacerbado de valorização dado aos filósofos quanto ao que é metafísico, pondero, para o qual, só a Bíblia por meio dos seus escritores, têm toda a legitimidade para fazê-lo quando pertinente; sendo que Paulo, o grande teólogo do texto sagrado, diz que só conseguiremos avançar nesse conhecimento “até o que é em parte”, conforme  I Coríntios 13. 9-12.
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         Efetivamente quanto a essa “Questão XXXI” da Teologia de Aquino; eu a identifico como uma verdadeira “antítese” à Doutrina da Trindade; pois de fato essa sistematização de Aquino é um receituário filosófico etimológico para explicar o metafísico, num etimologismo, mais parecido com ficção, que na realidade ninguém até hoje se aventurou a de fato concluir sobre isto de maneira tão subjetiva e relativa. A ambigüidade teológica em Tomás de Aquino é algo que se constata com facilidade, até porque isto decorre do que ele diz nos seus Trabalhos. Tudo o que é discutido em Aquino tem o pressuposto da separação de pontos distintos (nichos estanques), quando para cada Tema ou assunto há regra específica, informada a priori em cada uma delas: (Essa ou aquela questão em apreço) → Discute-se assim... Decididamente, coisas desse tipo não passa pelo crivo da minha Concomitância do Contraditório.
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         Essa constatação final quanto ao exacerbado filosófico etimológico de Tomás de Aquino me permite mais uma vez lembrar a regra bíblica de sistematização que está em Isaías 28. 9-13, que não tem nada a ver com raiz lingüística (etimologia) e posterior exegese, também reiterar a necessidade, em estudo sobre a Bíblia, do uso do método por mim proposto, o da Concomitância do Contraditório; que você poderá começar a fazê-lo, principalmente alguns seminaristas, que são fascinados pela dialética de Aquino, nesse seu Trabalho citado acima, no qual, se têm soluções e respostas que se contradiriam, se usado a minha Concomitância do Contraditório, senão, compare o inciso 3 do art. III com a resposta terceira, dessa Suma Teológica dele.                             
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         Sinceramente não gostaria de ter elementos para constatar e concluir a visível veia cosmológica de Tomás de Aquino, que tendo se aferido basicamente na sua Teologia, que, leia-se metafísica, considerando ele, a partir de filósofos gregos principalmente Platão (nas falas de Sócrates) e Aristóteles;    na qual parece que Aquino não se deu conta que eles, a despeito do “ser e não deixar de ser e ser necessário que Deus exista”;  de maneira muito bem definida e clara;    os gregos optam por divindades humanas, ou seja, o antropomorfismo, deuses com forma humana, ver primeiramente em Hesíodo, em sua Teogonia; as diversas obras de Platão, quando nos diálogos dos diversos filósofos é feita por parte deles menção de crença e respeitos  aos  deuses, conforme, inclusive, Atos 17. 16-34, quando no versículo 18, filósofos epicureus e estóicos aludem a Paulo o pregar deuses diferentes dos deuses gregos... Isto compromete tremendamente a Teologia de Aquino; que de maneira muito clara tem dificuldades em tratar com o verdadeiro e pleno antropomorfismo e a  antropopatia usados por Deus na sua revelação junto a nós seres humanos através das Escrituras, no ensinar e efetivamente se relacionar, até porque o Senhor Jesus tomou forma humana.    
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         Se ninguém objetivamente avisou e impediu a Tomás de Aquino de migrar para a cosmologia    parece que tinha mania disso; ainda há tempo para a conscientização de todos nós; de que a Teologia se faz basicamente com a Bíblia e obviamente a partir do como ela nos ensina; e decididamente abandonarmos a Tomás de Aquino como plena referência para aprendizado, ensino e qualquer sistematização.
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         E quanto à conclusão metafísica de Aquino no seu tratado primeiro, subtítulo Deus existe; sobre a “caixa e a cama, usando a serra e o machado, demandar a intervenção de um carpinteiro”; prefiro o RELOJOEIRO citado por Fraçois Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), a “metralhadora giratória do pensamento iluminista” ─ visão minha  ─; pois na boca de Voltaire isso soa muito mais enfático e contundente, porquanto a visão cética e crítica de todas as suas conclusões, sobre esta e outras inúmeras questões, a partir de uma hermenêutica abrangente e bem fundamentada o torna muitíssimo mais importante que Tomás de Aquino.    
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         Agostinho e Tomas de Aquino, como qualquer pensador eminente, podem e devem estar dentro dos Seminários evangélicos, entretanto considerando o que eles nos têm ensinado; eles deveriam ser utilizados como bigorna ou efetivamente aquilo que não é verdade bíblica, até porque eles são genuinamente católicos romanos.

CONCLUSÃO SOBRE A  DOUTRINA DA TRINDADE
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Não sou contumaz contestador, como objetivamente já detalhei no texto da apresentação do meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! A questão é que; em face da responsabilidade que temos    todos nós a temos diante do nosso Deus, e não nos é permitido contemporizar com essa secular idéia extra-bíblica, que tem feito com que muitas pessoas já evangelizadas, sejam convencidas a ingressarem na religião das Testemunhas de Jeová, cuja membresia é composta linearmente de mais de 50% de ex-evangélicos. Porquanto o que torna possível essa migração, é exatamente a fragilidade e improcedência bíblica dessa doutrina, cuja falta de consistência teológica têm feito com que as testemunhas de Jeová usem essa doutrina para fazer o seu eficiente trabalho de proselitismo, no qual induzem aos evangélicos que conseguem arrebanhar; a confessar e defender  que o Senhor Jesus não é digno de adoração. E do lado dos trindadistas; tem-se a confusão, de que o Senhor Jesus é o próprio Deus, o Pai, senão, não teria o direito de ser adorado; em contrapartida ─  exatamente como um contraponto, dizem que o Senhor Jesus é uma simples manifestação do Pai a nós seres humanos; literalmente um Jesus terreno com início e fim,    esquecendo, ou não tendo efetivamente conhecimento do que diz Paulo ─ como já citei acima sobre sua carta aos Filipenses 2. 10-11    para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai... Não sendo isto uma simples questão de ter ou não ter fé, e sim, plena confusão teológica e a mais clara e secular construção extra-bíblica.
283
O maior problema quanto à questão Doutrina da Trindade versus testemunhas de Jeová, é que alguns pastores e ditos defensores da fé cristã; inclusive  existe um órgão específico para isso (Apologética cristã), que têm produzido uma determinada literatura e cursos a partir dela, que municiam os que freqüentam a esses cursos, motivando-os a debaterem com as testemunhas de Jeová sobre doutrinas bíblicas; quando esses cursos buscam enfatizar a questão trindade, deixando de enfatizar o que de fato é errado na visão deles, que é afirmar que Jesus não é digno de adoração ou não o lhe ser devida essa adoração. Essas pessoas mal formadas e também mal informadas começam a citar aquele rol de textos bíblicos que visam legitimar a Doutrina da Trindade e mais aquela exegese  filosófica que lhe é peculiar... O fim disso, nós já sabemos; a maioria desses irmãos que tentam fazer esse trabalho acaba ─  isto é um fato, se tornando membros da religião Testemunhas de Jeová. Quando digo que é um fato a migração de evangélicos em número elevado para essa religião; também volto a afirmar que a causa disto é exatamente o tentar junto a eles a defesa da Doutrina da Trindade, que facilmente eles conseguem destruir com a simples leitura de textos bíblicos, que eles pedem seja lido em qualquer Bíblia, todavia após ter te vencido quanto à trindade, buscam estabelecer que o Senhor Jesus não é digno de adoração, agora usando a Bíblia, na tradução Novo Mundo, que é a tradução deles.         
284
         Como prometi no início desse Estudo, vou listar os textos nos quais o Senhor Jesus afirmou ser Ele o Filho do homem: Mat. 9. 6, Mat. 11. 19, Mat. 12. 8, Mat. 12. 32, Mat. 13. 37, Mat. 13. 41, Mat. 16. 27-28, Mat. 17. 9, Mat. 17. 12, Mat. 17. 22, Mat. 18. 11, Mat. 20. 28, Mat. 24. 27, Mat. 24. 37-39, Mat. 25. 31, Mat. 26. 24 e Mat. 26. 45; também Marcos 2. 10, Mar. 2. 28, Mar. 8. 31, Mar. 8. 38    Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos; Mar. 9. 31, Mar. 10. 33, Mar. 10. 45, Mar. 13. 26, Mar. 14. 21, Mar. 14. 41, Mar. 14. 61-62    Ele porém, permaneceu calado, e nada respondeu. Tornou o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntando-lhe: “És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?” Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu”; agora Lucas 5. 24, Luc. 9. 22, Luc. 9. 26, Luc. 9. 44, Luc. 9. 56, Luc. 11. 30, Luc. 12. 10, Luc. 17. 22, Luc. 17. 27, Luc. 17. 30, Luc. 18. 8, Luc. 18. 31, Luc. 19. 10, Luc. 21. 27, Luc. 22. 22, Luc. 22. 48, Luc. 22. 69-70; de igual modo, João 1. 51, João 3. 13-14, João 5. 27, João 6. 27, João 8. 28, João 9. 35, João 12. 23, João 12. 34 e João 13. 31.
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         Da mesma maneira o “Senhor Jesus disse ser o Senhor nosso Deus era o seu Deus”, e Paulo que sistematicamente ensina que o Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus e que está assentado à direita do Pai; também afirma ser o Senhor Jesus, o Filho do homem, conforme Efésios 1. 17; sendo os outros textos os seguintes: Mat. 27. 46, Mar. 15. 34, João 20. 17    Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus; também Apoc. 3. 2 e Apoc. 3. 12. Temos ainda essa afirmação pelo Senhor Jesus no seu brado naquele momento grave e dramático da sua crucificação; que é exatamente o texto do Salmo 22. 1, que aparece em Mat. 27. 45 e também Mar. 15. 33-34    E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloi, Eloi, lamá sabactani? Que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?.. Esta parte final do versículo trinta e quatro, o brado do Senhor Jesus na cruz, é literalmente o versículo primeiro do Salmo vinte e dois. Este Salmo, o de número 22 é um texto profético sobre a pessoa do Senhor Jesus; por esse motivo vou reproduzir os versículos 16, 17 e 18 que informam de maneira literalmente clara fatos acontecidos no momento da crucificação:  Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos (não foram quebrados). Eles me olham e ficam a mirar-me.  Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes.                     
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         Para que você tenha uma idéia do desastre dessa doutrina, vou reproduzir os primeiros versos de dois cânticos, onde de maneira didática, objetiva e popular se poderá visualizar a heresia que ela é, e a heresia que ela produz: o cântico Rei dos reis; na sua primeira estrofe diz: Ao único que digno de receber / a honra e a glória, a força e o poder /; o cântico Meu bom Jesus, que também na sua primeira estrofe diz: És tu a única razão / para minha adoração ó Jesus /; o cântico Consagração/Louvor ao Rei nas suas seis estrofes identifica Deus o Pai como sendo Jesus e a versão do cântico    Draw Me Close, para o que seria correto, conforme a tradução do refrão: Ajuda-me a saber que tu (Jesus) estas perto/, para o indevido: Adorarei somente a ti Jesus/... Esses quatro cânticos excluem literalmente a pessoa do Pai como digno de adoração, pois embora seja lícito e correto que se diga que o Senhor Jesus é o único Salvador e Mediador, conforme Atos 4. 12 e I Tim. 2. 5    Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, homem; e até que o Senhor Jesus seja a única esperança de salvação, como foi o tema da campanha de nós Batistas, quando o evangelista Billy Grahm aqui esteve; entretanto é impróprio e se constitui em erro dizer que o Senhor Jesus é o único digno de adoração; porquanto isso está a partir do pressuposto de ser o Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai, sendo isso gerado pela doutrina católica romana chamada da trindade, que contradiz o que ensina efetivamente a bíblia sobre as pessoas do Pai e do Filho e do Espírito Santo; como está no texto de Apocalipse 5. 13. Quanto à cânticos há ainda uma séria observação a se fazer no que diz respeito ao Espírito Santo; a quem  indevidamente são dirigidas orações sendo isso feito de  maneira efetiva, quando na letra de cânticos ─ tornando-se isso preocupante, pelo fato de ter passado pelo crivo de pastores desses autores, de pastores amigos desses autores e pastores amigos dos pastores desses, e ainda o pior    quando em alguns casos, serem pastores os autores dos cânticos quando se alterna a pessoa do Pai e do Filho e de adoração e oração ao Espírito Santo. Porque como estudamos detalhadamente até aqui e ainda farei; em nenhum texto bíblico é  estimulado e ensinado que se deva adorar ou orar ao Espírito Santo do Senhor    que não é a terceira pessoa da trindade e sim a pessoa de Deus Pai e do Filho, conforme Atos 16. 6-7. Ou o Espírito Santo é de Deus, de sua propriedade, como é exaustivamente ensinado de Gênesis a I João que escreveu o Apocalipse׃ Gênesis 1. 2    (...), Mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas e I João 4. 2 ─ Nisso conhecereis o Espírito de Deus; (...). Sendo o nosso enaltecê-lo, o referirmo-nos sempre a Ele como aquele, que da parte do Pai e do Filho, nos consola, capacita, ouve e nos fala...
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         Um ótimo exemplo de cântico com letra correta do ponto de vista teológico, é o de número quinze do cantor cristão, titulado de Exultação    A Deus demos glória / com grande fervor;
Seu Filho bendito por nós todos deu; /  a graça concede ao mais vil pecador, / abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
Exultai! Exultai! Vinde todos louvar /
 A Jesus, Salvador, a Jesus redentor;
A Deus demos glória, porquanto no céu /
 Seu Filho bendito por nós todos deu. Quem conhece esse cântico sabe, e quem não conhece tendo contato com todo ele    que só reproduzi a primeira estrofe, verá essa coerência e assertiva teológica que tenho defendido aqui; que infelizmente a maioria dos hinos e cânticos não têm em suas letras.
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            Anjos receptores de orações de crentes é heresia do erro de interpretação do texto de Apocalipse 8. 3-4, senão veja Romanos 8. 26-27. Também estranha e lamentavelmente, vê-se quando do sermão, a homilética dos diversos pregadores; a dificuldade de muitos pastores quando detalham o relacionamento entre o Senhor Jesus e o Pai e, por força de vários textos nos quais o Pai é chamado de Deus, e o Filho de Senhor Jesus... Visivelmente eles entram em conflito explícito e, começam a afirmar reiteradas vezes: Jesus é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus! A causa objetiva desse procedimento é que a Doutrina da Trindade, ou mais precisamente da tri-unidade é improcedente e até impraticável por parte dos que a defendem, pois quando se vêem em conflito numa simples verbalização sobre o assunto, como o descrito acima, os leva a naquele momento a quase refletir, entretanto continuam nessa conduta extra-bíblica de heresia.
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         O livro do Apocalipse fecha, termina e conclui a Bíblia Sagrada, e é esse endereço acima, cujo texto é reproduzido a seguir, que fala da consolidação do reino do Senhor Jesus, que têm e terá a nós, a sua Igreja como súditos... Cito o texto abaixo que também ajuda a encerrar esse capítulo de maneira objetiva; com esse texto de Apocalipse 5. 13    Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que nele há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos... O Senhor Jesus, o Cordeiro, sendo adorado junto ao Pai; não formando com Ele um único ser, como enuncia exaustivamente a errada Doutrina da Trindade, mas em perfeita comunhão, aqui de forma alegórica como se fossem um em comunhão, conforme João 10. 30, pelos séculos dos séculos.   
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         É inconcebível o que afirma  essa doutrina, que se traduz na sua exegese como tri-unidade, que diz ser Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus uma única pessoa, se assim é; por cerca de trinta e três anos tivemos Deus aqui na Terra e a sua conseqüente ausência nos céus, que sendo isso verdade, também seria verdade que Deus se esquecera de dizer isto ao Senhor Jesus ou conforme a Doutrina da Trindade; não teria dito a si mesmo e aos discípulos, pois eles ensinaram exaustivamente durante todo o tempo; que existirão eternamente o  Pai e o Filho, e se assentarão um ao lado do outro por toda a eternidade, como Paulo diz,  em outros  e nesse texto, conforme Colossenses 3. 1    Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está, assentado à destra de Deus.  Isso é o que a Bíblia ensina de maneira didática, simples e da forma mais elementar possível. Entretanto, se você quer considerar a metafísica ou o panteísmo ou ainda alçar um vôo filosófico maior do que procurei trazer para esse Trabalho    como já ponderei quanto ao tempo e a criação, quando pedi e lhe dei milhões de anos à frente para respostas    agora lhe peço tão-somente alguns anos; pois a volta do Senhor Jesus está próxima    porquanto Paulo nos diz que “conheceremos como somos plenamente conhecidos”... É só conviver um pouco mais com o elementar antropomorfismo e a antropopatia, que todos nós entendemos (em parte) e quando ele voltar entenderemos tudo plenamente. 
291
 Já estando na fase conclusiva desse Estudo, no qual aconteceram varias reiterações visando um melhor entendimento; creio valer a pena continuar um pouco mais usando e abusando da sua paciência e atenção.
292
         Há correntes que estudam um pouco mais o texto sagrado e concluem que como já provei neste Estudo A Doutrina da Trindade É Heresia; concordando que o texto sagrado ensina que o Senhor Jesus e o Pai são duas pessoas de fato distintas, entretanto, como se estivessem presas e compromissadas com essa idéia extra-bíblica; ponderam, que os discípulos assim informaram, por não terem chegado a entender que o Senhor Jesus é Deus, o Pai... Sendo essa conclusão por demais perigosa, pois, não só atribui a Atanásio o direito pós-bíblico de acrescer o texto sagrado, sendo dele a paternidade dessa pretensa revelação, adaptada posteriormente à  metafísica, também legitimaria que a revelação de Deus ao mundo, ainda estaria por se completar, ensejando também a necessidade de canonizar informações pós Novo Testamento já passadas, e algumas que poderão ainda aparecer.

                                           ERUDIÇÃO VERSUS TRADUÇÃO
293
         Ilustres senhores teólogos e professores dos Seminários, tão bem informados sobre filosofia e a muitíssimo estudada  metafísica; exercitem as suas mentes e procurem lembrar-se do que têm estudado e ensinado sobre a  Bíblia; porquanto Paulo e os demais escritores bíblicos conheciam tudo sobre as conclusões metafísicas  quanto ao Ato, Simples, Imóvel, Potente e Primeiro Motor, pois desde os pré-sócraticos, Sócrates, Platão e Aristóteles, que sistematizou a lógica e a metafísica;  isto era muito claro para todos e amplamente  difundido antes e durante a era cristã; entretanto eles preferiram ficar com o ensinamento bíblico que contempla o pleno antropomorfismo e a antropopatia dentro da didática do teológico acessível aos “pequenos incultos” quanto às revelações dadas a eles e, as transmitiram a nós através desse mesmo texto sagrado e com as mesmas características de como receberam.  
294
         De igual modo é verdadeiro e não falso; que todo esse conjunto de ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho contestado aqui; não têm de fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que, prosseguir nisto se constitui em erro doutrinário e clara heresia, e até perdoem a franqueza, em plena infantilidade teológica; todavia não entendam como desrespeito a infantilidade  teológica, pois esta é uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5. 12-14, I Pedro 2. 2; também I Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou infantilidade, que é parte da carta, na qual Paulo fala de maneira específica contra a filosofia grega e as tradições judaicas indevidamente mescladas à verdadeira doutrina, como ainda hoje; que ensejam usar de maneira pertinente as figuras: meninice, criancice e infantilidade, quando se fala de alguém que  abandona o que efetivamente ensina o texto sagrado.       
295
         Entendam, reitero, que a minha veemência busca alinhamento com as ponderações de Paulo, que são veementes e pertinentes, e num grau elevado; nas quais me arrisco a concluir; que tem havido no decorrer da história por parte dos teólogos e dos que se dizem defensores das coisas de Deus, um claro e exacerbado demonstrar de erudição em cima da simplicidade da revelação dada a nós seres humanos através do texto sagrado; complicando com isto o seu fácil e pleno entendimento segundo os propósitos de Deus; para os quais criaram ainda, o pressuposto da necessidade de se conhecer e falar o grego e “até o hebraico” para se interpretar a Bíblia, a partir de quais de fato textos isentos de uma avaliação mais aprofundada? Também em vários Trabalhos sobre Teologia e em muitas obras da literatura evangélica se têm usado de maneira impertinente o grafar no grego e no hebraico, textos bíblicos, sem a devida necessidade de esclarecer problemas de etimologia quanto à tradução, numa clara demonstração intencional de erudição. Embora o conhecimento pleno do grego seja bom, como o é importante o do inglês hoje, não esqueçamos ou tenhamos a consciência de ser um fato concreto o não existir discussão substantiva sobre as traduções da Bíblia, também, como todos nós sabemos, o que marcou o efetivo conhecimento popular contemporâneo do texto sagrado, foi a visão maravilhosa de Lutero que acabou contagiando o mundo, ao traduzir o Novo Testamento para a sua língua, o alemão, que marcou de maneira decisiva, essa verdade contundente, de ler, interpretar e ensinar as coisas de Deus contidas na Bíblia, na língua de cada povo a que pertençamos. Como já fizera João Wycliffe, A estrela Matutina da Reforma a partir de 1373; que aos poucos foi promovendo a tradução da Bíblia do latim para o inglês; e à medida que traduzia partes, já as ia distribuindo com seus alunos e o povo; pois assim como aconteceu e o continuar acontecendo, estar-se-á desse modo, em pleno acordo com o dissera o Senhor Jesus em exultação; que a revelação do seu Evangelho é principalmente para os menos doutos, conforme Mateus 11. 25-26    Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou ó Pai, Senhor do seu e da terra porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tenhamos cuidado com a interpretação dada a esse texto, que diz serem, os pequeninos, os “doutores que são humildes” ─ claro que também estão incluídos, quanto a revelação, mas estamos falando objetivamente dos sábios e entendidos em hebraico e grego e demais em outras áreas, e o fato é que, como tenho insistido, a revelação do Evangelho do Senhor Jesus visa a todos, conseqüentemente a sua apresentação terá que ser elementar,  didática e accessível a todos.   
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         Do início e ao final do Preâmbulo, prometi que repetiria três parágrafos relacionados com a questão tradução do texto bíblico e vou fazê-lo na sua integridade, mesmo sendo repetição de considerações sobre Lutero, que já estão ditas acima, que são os seguintes: Dentro dessa questão. Houve sistematizações quanto aos ensinamentos das leis e profecias do Antigo Testamento, por exemplo, a Quarta Filosofia, fundamentada a partir de textos de Daniel capítulo 2 e 7, que é detalhada no meu livro Ceia, sim! Cruz, não; que se deram de forma concomitante ao período, por intermédio dos escribas e doutores da lei, posteriormente os efetivos rabinos... Jesus começa o seu ministério praticamente revisando todas as sistematizações das tradições judaicas e as suas interpretações das leis e profecias desses doutores da lei; estabeleceu o Colégio Apostólico; que é a figura dos nossos Seminários de hoje, entretanto não havendo sucessão apostólica pós Matias e Paulo, cujos discípulos continuaram essa revisão das sistematizações e as reproduziram na doutrinação da Igreja primitiva emergente.
297
         A sistematização paralela ao Antigo Testamento fora feita basicamente em hebraico e aramaico ─ que creio ter sido o início da trajetória de chegarmos a usar a Bíblia traduzida na nossa própria língua, por meio do grego koiné.
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O Senhor Jesus, na sua sistematização, explicação e aplicação das informações do Antigo Testamento, a fez  exatamente nessa forte contraposição, como desde início do seu ministério, as fez falando em aramaico. Os discípulos após terem aprendido diretamente com Jesus e Paulo por revelação, Gálatas 1. 15-16, fizeram as suas pregações em hebraico ─ Paulo, Atos 21. 37-40, também em  aramaico e em grego ─  dentro dessa interessante trajetória de diversificação lingüística, concomitante ─;  posteriormente escreveram em grego, o que está canonizado; para que através desse idioma, as verdades de Deus chegassem a cada povo e língua. Conforme ficou marcado, de maneira grave, num momento igualmente grave da história; o início da consolidação desse processo, com a tradução do Novo Testamento para o alemão, feita por nosso irmão, o ex monge católico romano Martinho Lutero    que o fez a partir do texto grego do Novo Testamento de Desidério Erasmo,  o maior erudito da reforma, conhecido como Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536),  publicado em 1516 usando o latim e o grego, dispostos em duas colunas. O que estou efetivamente dizendo é que a Bíblia traduzida para o meu, o seu idioma ou o de qualquer pessoa, é toda suficiente para que estudemos com segurança as verdades de Deus contidas nas suas páginas; sem nos esquecermos do Trabalho pioneiro de João Wycliffe (1320 - 1384) professor de Teologia da Universidade de Oxford, a Estrela Matutina da Reforma, em quem se cumpriu os 1290 dias de Daniel 12. 11, que começou a traduzir o texto sagrado para o inglês, e à medida que o ia fazendo, os distribuía aos seus alunos e demais pessoas.                           
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Continuando  quanto a essa questão idioma do original bíblico versus traduções ou a visão elitista-lingüística dessa dependência... Há que se considerar preliminarmente que essa  pseudo-dependência; só é ou foi verdadeira até o momento em que de fato se consolida ou se consolidou com a tradução, que inclusive pressupõe o fato de que a recíproca é verdadeira ou o valor dito maior desse ou daquele idioma versus tradução, está transitória e simplesmente parametrizado ao momento em que se conclui a efetiva tradução ─ obviamente o ser recíproco infere que o idioma A está para o idioma B, assim como o idioma B está para o idioma A, portanto com importâncias iguais.
300
Há que se fazer exegese em hebraico e em grego!.. Isto é o que exige essa visão elitista-lingüística da bitola acadêmica dos Seminários de Teologia, entretanto esse pressuposto é ou só será de fato verdadeiro quando dois lingüistas versados nesses idiomas se entendem: um como o emissor, aquele que apresenta a exegese e o receptor, aquele que a ouve ou a lê... Essa seria a efetiva exegese nesses idiomas, que para acontecer demandaria da parte de ambos, o pleno conhecimento da história, dos mitos, das leis, costumes, nuanças culturais e folclóricas dos povos dessas línguas, antropologia e sociologia. Quero falar agora do que chamei de volta no início, mas, antes disso, lhe peço que tenha em mente o pressuposto de agora, que são os dois lingüistas, cuja volta (tradução) infere que esses também sejam efetivamente versados na língua portuguesa... Não sei se você está entendendo; todavia creio que estivemos conjeturando, não sobre aquele que está estudando o texto sagrado e sim exatamente sobre tradutores, que já fizeram esse trabalho na tradução séria de todos os textos, para os quais, de alguma forma, alguns dessa vertente lingüística ─ achando necessária essa dependência acabam criando dificuldades.
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Do outro modo, repudio os arranjos, que são paráfrase do texto já traduzido e também são literalmente o acrescentar advertido em Apocalipse 22. 18 chamados de Bíblia na linguagem de hoje, versão jovem, também outras e principalmente, pela sua denominação injuriosa e indevida a versão chamada de Bíblia viva, cujo desaviso quanto à inferência, agride a tradução séria, quando literalmente a estariam chamando de morta, mas de fato o pressuposto é contra a Bíblia... Porque decididamente, não há nem de leve a possibilidade de Jesus ter usado o coloquial ou gíria    embora tivesse mais vezes falado a pessoas simples e humildes e a poucos letrados ─; daí uma fala não culta ou sempre coloquial, como especulam alguns de visão popularesca, todavia, nos dois casos Ele seria seriamente criticado pelos sacerdotes e doutores da lei, quando, pelo contrário eles elogiaram a sua autoridade e maneira como falava, que com certeza fora didática, acessível, todavia solene. Pastores sérios repudiem comigo, o que tenho ponderado aqui!
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Parece que todas as coisas sérias que buscamos aprender e ensinar estão dentro do que Thomas More enumerou em sua Utopia, a sua sátira veemente à sociedade inglesa e européia, e de um modo geral, foi e, porque não dizer, continua sendo uma crítica de fato pertinente a tudo o que aconteceu e acontece no nosso mundo contemporâneo... Isso torna oportuno e bom citar o que Morus reivindica no subtítulo: Das viagens dos utopianos e outros assuntos diversos, na página 74 do seu livro A Utopia, quando diz: “Aprendem (os utopianos) as ciências na sua própria língua, rica em expressões, harmoniosas ao ouvido e apta para interpretar fielmente o pensamento”. Também, segundo Charles Francis Potter no seu livro História das Religiões; quando fala do grande erudito da reforma Desidério Erasmo o Erasmo de Rotterdam, cita o prefácio do Novo Testamento traduzido por ele em 1516, no qual  se vê uma coluna em latim e outra em grego, a partir do qual Lutero o traduziu do grego para o alemão, reiterando. Assim se lê o prefácio de Erasmo, como nos informa Potter: Apud    “Quisera fossem eles (evangelho e epístolas) traduzido para todos os idiomas que pudesse... o lavrador cantar um ou outro verso, ao seguir o arado, o tecelão trauteá-los ao som do tear, e o viajante, matar o tédio da jornada com suas histórias”. Considerem também que essa tradução do autor de Elogio da Loucura, o grande Erasmo de Rotterdam, visou escandalizar a igreja romana que tinha tornado o latim e não o grego como a língua bíblica. Vejamos também o que ele diz em Elogio da Loucura sobre idiomas e de um modo especial o grego, na defesa da tradução na própria língua de cada povo    A esse respeito, pareceu-me igualmente oportuno imitar os retóricos dos nossos dias, que se reputam outras divindades, uma vez que podem gabar-se de outras línguas como a sanguessuga (língua bifurcada) e consideram coisa maravilhosa inserir nos seus discursos, de cambulhada, mesmo fora de propósito, palavrinhas gregas, a fim de formarem belíssimos mosaicos. E, quando acontece que um desses oradores não conhece as línguas estrangeiras, desentranha ele de rançosos papeis quatro ou cinco vocábulos, com os quais lança poeira aos olhos do leitor, de forma que os que o entendem se orgulhem do próprio saber e os que não o compreendem o admirem na proporção da própria ignorância”. Vale a pena e é oportuno que se credite a Morus e Erasmo a total e plena autoridade para esse tipo de crítica, pois tinham conhecimento e familiaridade com o idioma grego e outras línguas.
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No meu pequeno segundo livro, A Noiva aprovada por Ele; no primeiro capítulo me insurjo contra a defendida significação para Eclésia (grego, ’Еκκλεσία), Igreja, assembléia, como sendo “chamados para fora”, que segundo alguns viria da raiz etimológica da palavra. Tem-se no livro As igrejas do Novo Testamento do irmão MC Daniel, em um estudo sobre isso, defendendo esse entendimento. Só que aquele estudo já identifica uma espécie de opção confronto ao pretenso direito de “A Igreja” ostentado pelos católicos romanos, daí pode se concluir, como diz o ditado popular׃ a emenda ficou pior que o soneto, pois  Senhor Jesus ensinou enfaticamente (João 17. 9-18) que a igreja está no mundo ─ à semelhança da arca, que estivera no mundo inundado na época de Noé, que produz naturalmente uma significação exatamente contraria, se necessária fosse! Que seria literalmente׃ chamados para dentro, e seria uma aplicação perfeitamente verossímil, porquanto o Senhor Jesus fez essa construção em Mateus 24. 37-41 e Lucas 17. 26-27    Como aconteceu nos dias de Noé, assim será nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos; sendo repetitivo: estavam todos no mundo (do lado de fora da arca), ignorando o aviso de Noé, entretanto, os animais e os que estavam dentro da arca se salvaram. Nesse livro o irmão Daniel identifica modos e formas como a palavra Eclésia é usada no texto sagrado ao referir-se a essa assembléia, a Igreja de Cristo, coisa perfeitamente normal quanto a muitos e muitos vocábulos nas diversas línguas, que ganham efetivamente essa ou aquela final significação dentro de textos em função da nuança semântica dos mesmos, nos quais a questão etimológica fica de certa forma relativa pela importância da semântica.
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Isso é tão sério; que o elenco de significações dentro de nuanças semânticas, que o livro não sinaliza é colocado para a Igreja como instituição, que no sentido plenamente etimológico, são as organizações humanas; para textos que falam objetivamente da Igreja que não é visível obviamente não sendo instituição, que é organização humana; cujo texto primeiro e básico é o da pergunta feita por Jesus aos discípulos sobre o que as diversas pessoas e eles pensavam ser Ele, conforme Mateus 16. 13-19, que é o principal texto que fala da Igreja׃ Instituída, edificada, criada, constituída... Todavia, de maneira nenhuma instituição, mas aquela que tem dentro de si as diversas instituições, denominações, até porque contra ela não prevalecem as portas do inferno, entretanto, prevalece sim, sobre as igrejas instituições, que têm dentro de seus membros joio e trigo ou lobos e ovelhas. Nesse livro de MC Daniel é feita essa confusão mostrada aqui; que acontece exatamente quando se perde a visão semântica dos textos e se entra na indevida camisa de força    a linguagem figurada está sempre presente! Da chamada raiz lingüística (etimologia) da pré-dependência do idioma original, já plenamente traduzido.
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O texto principal citado acima agora o transcrevo, Mateus 16. 18-19    Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.  Sendo repetitivo quanto a esse texto    por coerência com a regra que enunciei e por que esse assunto merece. Decididamente, para essa Igreja descrita aqui nesse texto, não existia nenhum termo grego para lhe dar nome com característica intrínseca etimológica, pois como já expliquei, sendo isso muito claro no texto, Ela não é instituição, sendo transcendente, tendo como membros somente os salvos, portanto sem nenhuma relação etimológica com a língua grega... Por conseguinte ou exata necessidade no escrever no grego, foi denominada de Eclésia pelos evangelistas dentro da visão semântica possível, e perfeitamente compreensível, que não traz para si a etimologia do inicial do vocábulo, mas sim o que na prática objetivamente significava naquela época e era assim entendido... Para não complicar mais ainda não vou considerar para análise a contaminação do idioma grego para o que está traduzido para inferno, que é o inferno da mitologia grega: o Hades, que, inclusive tinha um deus com o mesmo nome que era irmão do deus Zeus, o maior do Panteão da Mitologia grega.                       
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O texto acima é o básico ou principal com relação à Igreja e todas as igrejas que a compõem, que o irmão Daniel chama no seu livro de instituição, todavia é óbvia a improcedência dessa classificação, porque para classificar a transcendente Igreja de Cristo como organização ou instituição, ter-se-á invariavelmente que adjetivá-la, de transcendente ou invisível, como fez o nosso tradutor, na Bíblia, ou outro adjetivo que possa fazer com que as terminologias para coisas humanas possam ser usadas para ela... Dentro disso tem-se no texto sagrado para essa Igreja que não é instituição, os textos de: Mateus 16. 18, o transcrito acima, Gálatas 1. 22, Efésios 1. 22, Efésios 3. 10, Efésios 3. 21, Efésios  5. 23, Efésios 5. 24, Efésios 5. 25, Efésios 5. 27, Efésios 5. 29, Efésios 5. 32, Filipenses 3. 6, Colossenses 1. 18,  Colossenses 1. 24, I Timóteo 3. 15, Hebreus 12. 23, e para igreja como corporação ou instituição os demais 93 textos. Do total de 109 textos conforme o próprio irmão Daniel informa no seu livro sobre o assunto.      
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É objetivamente claro que as ponderações que estou fazendo aqui não têm absolutamente nada a ver com esse Estudo sobre a tri-unidade, todavia esse posicionamento meu contra a valorização exacerbada da  etimologia, tem estado presente em tudo o que escrevo; e aqui nesse texto aparece algo que é considerado por muitos como polêmico, quanto ao poder da Igreja e outra questão que alguns entendem como perda de salvação. Vale a pena caminhar um pouco mais no mesmo.
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Como já expliquei, é perfeitamente claro nesse texto que o Senhor Jesus está falando de uma Igreja que não é uma instituição terrena, com C.N.P.J. ou autorização dos Impérios ou reinos para existir, se nos reportarmos para aquela época, e como também se constata, de fato sobre essa Igreja não prevalecem a portas do inferno, reiterando, pelo fato dela não ser instituição terrena... Essa Igreja é transcendente e não pode ser atingida por Satanás e é a mesma que pela aceitação de Jesus como salvador liga definitivamente o pecador com os céus... Agora quanto a inferência que você possa estar ou querendo fazer, no que diz respeito ao desligar dos céus; considere também o versículo que diz que Satanás não tem poder sobre ela, que disso se conclui: No Antigo Testamento Deus diz enfaticamente que não tem prazer na morte do ímpio, João diz que Deus mandou seu Filho Jesus para morrer pela raça humana porque os ama, e Pedro na sua segunda epístola 3. 9, diz que Deus não quer que ninguém se perca. Se Deus não quer que ninguém se perca, as portas do inferno não prevalecem contra a Igreja; esse poder para desligar é simplesmente a informação retórica de que Cristo a cabeça da Igreja tem poder para ligar e desligar, perdoar pecados e dar vida a quem quiser, conforme o texto de João 10. 18.                      
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Os escritores do Novo Testamento quando fizeram os registros dos fatos relacionados com os atos de Jesus e os seus ensinamentos, também quando das cartas, o livro dos Atos dos Apóstolos e o Apocalipse; não criaram termos ou palavras novas para o idioma grego e sim usaram as existentes e perfeitamente associadas ao cotidiano dos que usavam essa língua, como já ponderei nesse capítulo sobre o substantivo Teo ou Theós (grego, Θεός), que eles também usaram para identificar o Ser Supremo revelado ao povo judeu, o Deus que adoramos... Decididamente não existe ou existiu o idioma grego evangélico; do latim até pode ser, pois o catolicismo criou efetivos termos dito eclesiásticos para si.  
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O substantivo eclésia, assembléia foi usado pelos escritores do Novo Testamento a partir da idéia vigente sobre essa palavra nas nuanças do uso desse termo para essa ou aquela assembléia, que no caso da Igreja de Cristo ─  um reunião ou grupo de pessoas ─, é adjetivada como imaculada por pertencer a Cristo, sendo sua Noiva, e na  visão lingüística objetiva, definitivamente; “A Igreja” é a assembléia universal composta de santos e pertencente a Cristo. Não que esses que o aceitaram a como salvador, estivessem    e os que irão aceitar, estejam  ─,  dentro (na superfície) do planeta terra ou mundo, foram ou sejam entendidos agora de chamados ou tirados para fora...  Para onde, em que lugar?.. Vou responder de maneira curta e objetiva. Se estavam dentro da Terra (sua superfície)     diferente do etimológico defendido, que é dentro de num recinto  ─,  que também está dentro do cosmos; só há uma conclusão para onde podem ser tirados ou chamados: “para o infinito e além!” ─ como é o bordão do personagem astronauta de Toy History,  Bass light year... Tudo isso que estou dizendo aqui é facilmente identificado nos textos traduzidos em português. Novamente aqui, aquela mesma intenção de mais um assunto, mostrando com mais esse fato o quanto temos nos afastado do que é efetivamente bíblico; tanto no entender e principalmente no como estudar, na direção do nosso próprio idioma e mais uma vez, sendo repetitivo; mostrando a improcedência da exacerbação da etimologia no idioma original ─ contra isto me insurjo, não contra o grego ou qualquer que possa nos ajudar a melhor entender essa ou aquela questão ─, quando esquecemos principalmente da semântica, para textos já convenientemente traduzidos...
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O que preciso dizer de forma objetiva com relação ao termo eclésia é que as ponderações feitas aqui sobre a questão etimologia, decididamente não têm ou terá nada a ver com os lexicógrafos e as suas conclusões, porque como já expliquei de maneira detalhada. A Igreja de Cristo constituída no início do seu ministério foi posterior à criação dessa e de outras palavras (vocábulos); que estão diretamente ligadas ao povo grego e o inicio e evolução da sua existência ─ não tendo a Igreja de Cristo nenhuma relação com o etimológico desse termo    já disse isso várias vezes. O lamentável quanto a isso é que de maneira  errada e desavisada; pastores têm inventado até explicações para ajustá-las a essa deformação, como: o tirados para fora significar que as igrejas não devem ficar dentro das quatro paredes de seus templos, e sim sair para evangelizar. Quando na realidade (perdoe o coloquial), uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
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Agora, para concluir esse assunto; imagine uma assembléia (grego, eclésia) de um clube de futebol ou determinado condomínio ou pior, a reunião (assembléia) dos acionistas de uma determinada empresa; considerando que assembléia significaria no grego, chamados ou tirados para fora, essas reuniões teriam que ser realizadas em local público, na rua. Decididamente, parece que não temos entendido nada sobre Teologia e Lingüística... Sobre eclésia falarei um pouco mais quando falar do assunto pastores, relacionando-os a ela.                                                                                  
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O elenco de coisas enumeradas até agora faz também lembrar, que a “Pedra Roseta”, só é importante hoje, como acervo histórico do museu Britânico de Londres; porquanto o que conta como relevante quanto a ela e o seu texto, foi e é a tradução ou decifração, descoberta do que fora convencionado para esse escrito feito por Jean François Champollion; que a colocou cronologicamente dentro de uma das quatro heranças políticas do Império de Alexandre o Grande, a dinastia helênica dos egípcios que começou com o general Ptolomeu e terminou em Cleópatra; sendo que essa decifração ou tradução permitiu entender melhor, os escritos sobre o misterioso e fechado Egito antigo, sendo também esse período o da LXX, setuaginta, tradução do Antigo Testamento para o grego.
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Interessante é continuar  lembrando tudo isso, nos remete a trazer para bem próximo de nós incultos, a mais elementar visão de gramática; que demandou inicialmente descobrir em cada língua, o conjunto de regras a serem convencionadas para a seu efetivo uso operacional    convenção é a palavra chave!.. Tenho por hábito brincar quanto a isso usando a maneira mais elementar possível, quando digo que o estabelecer convenções quanto a termos (palavras) das línguas é na prática convencionar a definitiva convenção, por exemplo: isto aqui é tá, tá, tá ─ tá, tá, tá, ok? e aquilo ali é ti, ti, ti    ti, ti, ti, também ok?  O processo, que tem esse início e característica por demais elementar, se sofistica e caminha na direção de abrangência maior, entretanto parametrizado pelo elementar mecanismo da convenção, que o sistematiza como gramática; que ao fim, gera na relação de uma língua (idioma) com a outra, o conhecer claramente de maneira definitiva, quem é e o que são os tá, tá, tás, e quem são e o que são os ti, ti, tis.
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Depois dessa série de considerações sobre a questão tradução, quero mostrar que a Bíblia legitima o caminhar nessa direção... Primeiro quero também informar que essa tendência de valorizar em demasia as línguas originais do texto sagrado tem conexão com um texto profético do livro de Amós 8. 11-12, que fala da supressão da Palavra, a Bíblia, e é usado por muitos estudiosos de Escatologia que dizem estar ainda por acontecer     isso por falta de conhecimento bíblico, pois hoje isso seria impossível de se concretizar; não sendo preciso enumerar os óbvios porquês, quando na realidade isso já aconteceu desde o imperador Diocleciano e até a chamada Reforma Protestante ─ durante 1260 anos, portanto, cujos pontos importantes contemplaram dentro de si a tradução do Novo Testamento para o alemão... Esse período contemplou no seu início nos anos 303 a 305 a matança de todas as lideranças da verdadeira Igreja de Cristo, a destruição de todos os lugares de culto e a destruição de toda a literatura cristã existente com os crentes; esse processo, no seu início, teve um desdobramento no final desse 4o século, que foi a tradução da Bíblia para o latim; se tornando por imposição católica romana a língua oficial do texto sagrado; tanto que monges ignorantes se escandalizaram quanto ao Novo Testamento latim e grego de Erasmo; quando estranharam escandalizados e entenderam como heresia o idioma grego sendo usado nas Escrituras  ─ porquanto a partir da tradução latina de Jerônimo se perdeu até Erasmo a verdade do original bíblico ser grego, incluindo a LXX ─, e como estava profetizada por Amós (Amós 8. 11) a supressão através da negação da Bíblia para os leigos, que continuou até o evento da Reforma.
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Em segundo lugar, como disse anteriormente, a própria Bíblia legitima de maneira contundente a sua tradução para todas as línguas, contudo consideremos que a tradução para o latim chamado Vulgata teve motivação de “romanizar” o texto sagrado e restringi-lo ao clero, como foi visto na história. Porquanto a partir do relato da descida do Espírito Santo, o Pentecostes; e quanto ao “entender em suas próprias línguas” é um texto  profético claramente na direção desse processo de universalização do texto sagrado por meio da tradução para todas as línguas; conforme Atos 2.4-6    E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (grego, γλωσσα ou γλωττα ─ glossa, língua), conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações  que há debaixo do céu. Ouviu-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua (grego, διάλεκτος - dialektos, idiomas). Como foi visto no texto acima em português, é objetivamente claro que línguas do verso quatro denotam na sua construção, ser uma fala (língua) desconhecida, conforme I Coríntios 14. 2; do outro modo o versículo seis mostra na construção desse último período da constituição do texto, ser línguas aqui, idiomas e dialetos... O estranho e complicado é que naquilo onde a questão do que está no original grego pode de fato ajudar e até elucidar a possível controvérsia  no presente, pois quanto à tradução, a semântica já objetivou o entender o texto em português; não se vê por parte dos lingüistas    que defendem essa dependência ─, a efetiva, oportuna e necessária valorização desse fato presente no texto bíblico e aqui objetivamente mostrado.    
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O que foi visto nesse texto mostra uma sinalização da parte de Deus por meio da ação do seu Santo Espírito; quanto ao valor e a necessidade de cada um  ter disponível em sua própria língua todas as informações sobre as coisas referentes a Ele e o seu Filho, o Senhor Jesus, que como disse acima; o Espírito Santo capacitou aos que ali estavam reunidos no cenáculo a falarem uma língua não compreensível por vias normais ─ como detalharei no Estudo sobre dons espirituais  ─; pois como mostrado aqui foi de forma sobrenatural que se traduziu de maneira simultânea e individual, o que estava sendo dito por intermédio daquela fala estranha; para o entendimento das várias pessoas de idiomas e dialetos diferentes, que ali estavam; numa clara aprovação e sinalização profética de que essa seria a óbvia forma (tradução) pela qual o Evangelho chegaria a todos os povos e todos os idiomas e dialetos. 
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Isso que tenho ponderado aconteceu no ministério do Senhor Jesus, quando do confronto com os doutores da lei, que nessa denominação dada a esses que tinham a missão de ensinar ao povo; por si já mostrou e mostra o perfil extremamente acadêmico daqueles. A contrapartida disso foi o ensino didático e elementar de Jesus, que foi todo suficiente, justamente na direção dos humildes, e ao mesmo tempo no de dar aos que irão cumprir a “grande comissão” ─  Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, (...), ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado, (...), todo o respaldo simples e elementar para tornar fácil e accessível esse importante trabalho de ensino... A lista de ponderações acima objetiva e resume o que tenho explicado sobre o não ser imprescindível o grego e muito menos o hebraico para se interpretar o texto sagrado, já traduzido para o idioma de quem quer que seja.  
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Após todas essas ponderações, veementes, porém sinceras, abro o meu coração aos queridos e ilustres doutores, professores altamente versados em hebraico e grego... ─ Não tenho nada absolutamente nada contra os senhores, pelo contrário, se Deus me der tempo e condições ainda chegarei ao nível de mestres que sois. Entretanto entendam que tudo o que disse aqui está exatamente na direção do entender essa questão línguas como objetivo de quem estuda perseguir nesse objetivo,  até porque, entender e falar efetivamente qualquer língua (idioma) são coisas muito difíceis, ainda que com garra no atingi-lo, todavia, não como de fato necessidade; considere também o grande amor que tenho pela Palavra do nosso Deus e do seu Filho o Senhor Jesus, no nome de quem peço ao Pai, que pela ação do seu Santo Espírito preserve a Bíblia na sua forma o mais simples possível em cada língua para acesso e entendimento fácil dos pequeninos, ainda que seminaristas.
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De igual modo é importante que fique bem claro que em momento algum eu tenha dito, aqui neste Blog, em outro, em livros, em ensaios sobre vários assuntos, que tenho feito e até em of; que não se deva sinalizar e dar aos seminaristas; os primeiros contatos com o hebraico (nem tanto) e o grego, no estudo dessas línguas nos Seminários e se estimule de maneira firme a importância do estudo de línguas, objetivando para o seminarista o bom e importante continuar a estudar o grego; todavia reitero, o não precisar delas para interpretar “convenientemente” o texto sagrado traduzido na nossa língua... Creio que agora posso caminhar no concluir esse Estudo...                      
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Neste final de Estudo, digo que, não posso fechar questão sobre o que seja realmente a total e plena verdade sobre Deus Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, porquanto estou plenamente de acordo com Paulo (I Coríntios 13. 12), quando diz que agora conhecemos em parte. Todavia confesso que do ponto de vista dialético, a idéia filosófica do Deus-uno-metafísico ou três pessoas serem uma, é sedutora do ponto de vista do blá, blá, blá, acadêmico; entretanto defendo intransigentemente a revelação, simples, elementar, didática e acessível do antropomorfismo e antropopatia como são encontradas na Bíblia, que insisto veementemente deve ser respeitada, entendida e ensinada com todas as suas características intrínsecas. Porque ainda que quisesse caminhar na direção da tri-unidade (chamada de Doutrina da Trindade) e conjeturar ser a pessoa do Senhor Jesus a forma ou o meio pelo qual se torna possível o nosso futuro conviver com Deus o Pai, pois, como dizem, não resistiríamos a sua presença... Considerando até todos aqueles argumentos: do Emanoel ─ que seria o próprio Deus encarnado e não o seu Filho representando-O como afirma de maneira clara o texto sagrado  ─; sendo a forma humana que Jesus tomou para vir até nós, nos redimir e se tornar o noivo da Igreja composta de muitos que já aceitaram e os que o aceitarão; e sim seria o Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai que governará eternamente com os homens, como se na realidade Jesus sempre tivesse sido o Pai.
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Seria essa conjectura mais uma tentativa de legitimar a tri-unidade; entretanto Paulo se preocupou em falar muito sobre isso, para esclarecer essa questão de maneira bem clara e definitiva, como o fez nas suas diversas epístolas, e de um modo mais abrangente quando escreveu  aos de Corinto, inclusive no texto que já transcrevi no início desse capítulo (I Coríntios 8. 6); que é  plenamente elucidativo como esse de I Coríntios  15. 24-28    Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo o domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos... Coisa essa, que acontecerá na sua exata plenitude e consumação de tempo; após o término do Milênio e o subseqüente Juízo Final, como nos informa Paulo nesta fala aos irmãos de Corinto, quando se consolidará todo o Ministério do Filho Messias Salvador (propiciação pelos nossos pecados), o nosso Senhor e Jesus Cristo, na total entrega do reino ao Pai para sempre, conforme versículos vinte quatro, e vinte e oito.  
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Pode ser sedutora, engenhosa e altamente filosófica, mas essa infeliz idéia da tri-unidade em Deus não se sustenta do ponto de vista bíblico,  porque qualquer construção cristã-platônica-Aristotélica irá esbarrar na morte, quando da crucificação, ressurreição e o posterior assentar-se à direita de Deus, o Pai, ou seja, um Jesus ressuscitado vivendo eternamente junto ao Pai. Entendo  nessa mesma direção, e assim deve pensar o verdadeiro cristão ─  creio eu, que o pressuposto de Dr. em Divindade, divindades pode ser, não é e nunca será o profundo conhecimento acadêmico sobre mitos e crenças dos diversos povos, e sim o conhecimento de Deus, o Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo ─ esse doutorado seria correto, se fosse possível; que por mais que estudemos sobre essa questão, o conhecimento será no máximo  “em parte” ─ que infere o não ser possível de fato o doutoramento sobre esse assunto.
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Vou de alguma forma repetir o que já foi dito no parágrafo anterior sobre ressurreição, porque entendo ser de suma importância o reiterar que a ressurreição e posterior ascensão do Senhor Jesus aos céus e o assentar-se à direita do Pai, é um exato contraponto à doutrina da tri-unidade, pois como encontramos literalmente e de maneira clara no texto sagrado; o Senhor Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou com um corpo glorificado, que Paulo em analogia com a nossa ressurreição, diz em I Coríntios 15. 20, ser a ressurreição de Jesus as “primícias dos que dormem” ou o protótipo da nossa ressurreição, que teve o seu referencial profético e alegórico no primeiro dia (domingo) do Pentecostes, conforme estarei detalhando no Estudo O Batismo Inaugural do Espírito Santo.
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Reiterando pela segunda vez, até parece que todos nós estamos na fase do leitinho espiritual do conhecimento, inclusive os doutos teólogos, que não percebem o principal e elementar fato importantíssimo; que é a base de fundamentação do cristianismo, a ressurreição do Senhor Jesus e o seu posterior assentar-se a direita do Pai, que como já disse: é uma perfeita antítese, pois zera, e torna exatamente impossível a idéia de tri-unidade, como ensinamento compatível com o que o texto sagrado ensina. ─ Há de fato muitas coisas a serem estudadas por todos nós na Bíblia!
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Estou aqui novamente ponderando e massificando ou efetivamente repetindo o que já ostensivamente expliquei, justamente para sinalizar e enfatizar o quanto foi e é sedutora a construção filosófica da tri-unidade; que estranhamente tem  contraponto lógico e natural, sendo assim, é plenamente filosófico, pois sendo Jesus o eterno Filho de Deus, como ensina detalhada, didática e incisivamente a Bíblia (Hebreus 10. 12)... Decididamente não caberia nem de leve a possibilidade de Jesus ser o próprio Pai. Como Paulo ─ reiterando, nos declara enfaticamente no texto titulado pelo tradutor de Cântico de vitória, conforme Romanos 8. 34 ─ Quem nos condenará? Cristo é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu dentre s mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.         
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A solução filosófica simplista e sedutora,  das três pessoas em uma ─ sendo repetitivo e repetitivo ─ tem de forma direta, como contraponto a si, uma exatamente simplíssima conclusão verdadeiramente bíblica, que é ser Jesus o Filho unigênito de Deus ─; sendo isso a base áurea de fundamentação do cristianismo, que tem também como texto áureo, sendo isso entendido por todos os que estudam a Bíblia, em João 3. 16... Que em uma paráfrase sobre esse texto, teríamos mais ou menos o seguinte: ─  Deus, que junto a si tinha a todo o tempo o seu Filho o Senhor Jesus (João 1. 2-3 e 17. 5), amou o mundo de tal maneira, que o enviou para morrer pelos nossos pecados e posteriormente ressuscitar para novamente com Ele estar. A Doutrina da Trindade pode ser sedutora do ponto de vista filosófico, entretanto não tem nada a ver com o que a Bíblia efetivamente ensina de maneira didática a todos e principalmente aos que não têm conhecimento de filosofia.
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Em um parágrafo anterior, o quarto, e justamente no que falo da sedução da tri-unidade; denominei a fundamentação dessa doutrina de forma veemente, coloquial e jocosa de blá, blá, blá filosófico, para criar mais um espaço ou a possibilidade real de novamente mostrar, dentro da visão de sucessivas reiterações, que a despeito da Doutrina da Trindade ter quase dezessete séculos de existência, isso não a torna ou tornaria pertinente. Entretanto tenho que concordar que essa sua idade milenar e o senso comum por ela adquirido; demanda que eu seja redundante  repetitivo e tudo o que se possa contra ela na direção de poder melhor explicar a sua improcedência.                   
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O coloquial blá, blá, blá, embora seja provocativo, é de fato o que corresponde à idéia da tri-unidade e toda a sua argumentação, como tenho demonstrado nesse subtítulo, mostrando aqui e ali reiteradas vezes a sua inconsistência... E o fazendo mais uma vez sou levado a lembrar que essa doutrina afirma de maneira categórica ser Deus três pessoas; até aqui, Deus físico plural, que considerando a volta do Senhor Jesus aos céus, agora Deus seria somente um ser amorfo e até o que não se engloba em nada, segundo Aquino ou “o Deus mistérios Dele mesmo”.  Que remete à conseqüente e pertinente “pergunta que nunca quererá calar” bordão perfeitamente pertinente, muito usado por  pastor amigo: Afinal, são três pessoas ou uma? Ainda, considerando que o texto sagrado ensina como demonstrei no preâmbulo e nesse Estudo não ser o Espírito pessoa física; e os próprios trindadistas não se resolvem quanto a isso, caberia uma outra pergunta ─ não estou aqui brincando quanto a essas perguntas, porquanto é exatamente isso essa doutrina projeta na direção do procurar entendê-la, nas suas incongruências e ambigüidades...    
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No que, essa construção coloquial provocativa até funciona como uma forma de causar um choque, e motivar o ver que é elementar demais o concluir como improcedente essa estranha doutrina... Entenda o blá, blá, blá, assim: como exatamente um grito de apelo lancinante na direção do motivar a melhor e mais sincera análise daquilo que se tem aceitado tranqüilamente como verdade bíblica como se fossemos néscios.          
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         Também essa questão quantitativo-filosóficas de Jesus 100% homem, 100% Deus, é estranha à Teologia bíblica, que diz de maneira simples e clara: O Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus, sem essas considerações filosóficas, que conviveram e convivem com a Teologia bíblica, não a tendo penetrado ─ graças a Deus por isso  ─; nem por meio de Paulo, que as conhecia plenamente (as diversas vertentes filosóficas), todavia não as usou como material didático na sua grade de ensino.                
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         O que estou efetivamente dizendo e concluindo nestes últimos parágrafos, é que entender de fato a Divindade ─ estou falando do Deus vivo, seu Filho, o Senhor Jesus e do Espírito Santo que habita em nós, sua efetiva vontade, os seus juízos, os pormenores de todo o seu ser, o universo, enfim! Tantas e tantas coisas que não sabemos; é que reconheço que o pleno saber sobre Deus está no inacessível e inescrutável para mim e a qualquer ser humano, ainda que legitimamente doutores em várias áreas; remete-me a concordar literalmente sem nenhuma leviandade e tentativa de erudição com o filósofo Sócrates, quando dissera que o conhecimento consiste em saber que nada sabemos... E mesmo que busquemos o conhecimento que vem de Deus através do seu Santo Espírito, ainda estaremos aquém da sua plenitude, conforme nos diz Paulo em I Coríntios 13. 12    Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos a face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.  Ensinemos a Bíblia conforme a simplicidade nela contida; sem as essências, as imanências, as transcendências e etc.. Mas, tão-somente com o simples e elementar revelado aos pequeninos (Mateus 11. 25-27)... Para informação de muitos que não sabem (tem informação) da capacidade e conhecimento de Paulo sobre a filosofia grega e as obras de Platão. O texto de I Coríntios 13. 12 é uma paráfrase da Alegoria da Caverna de Sócrates em Platão na sua obra A República.          
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         Sendo intencionalmente repetitivo para terminar este Estudo, lembremo-nos do que disse em outros Blogs-s e no subtítulo Sistematização Teológica; sobre o princípio verdadeiro de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia    que não é mera regrazinha de sistematização estabelecida por teólogos, e sim um fato... Pelo fato do legítimo ser o que todos os escritores do Novo Testamento, explicaram, concluíram ou efetivamente sistematizaram... Não coube, cabe ou caberá nenhum posterior reparo por qualquer teólogo, por mais brilhante que seja, que não se alinhe ao que eles sinalizaram como caminho e verdade; porque do mesmo modo seria o caos e vazio de legitimidade, ou tem caminhado nessa direção, como tenho contraposto de maneira veemente neste Trabalho.  Se a sistematização feita pelos autores do Novo  Testamento não é definitiva para ser seguida, e cabe-lhe revisão    não estou falando contra a hermenêutica por parte de teólogos posteriores    já chamei a atenção para isso reiteradas vezes, intencionalmente, sendo repetitivo e até chato    estará de fato ou já está estabelecido o caos teológico, ou quem terá esse pseudo direito final, ou até eternamente continuado de sistematizador final?
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         Ilustres teólogos, professores de Sociologia, Filosofia, Psicologia e Lingüistas; peço a máxima compreensão quanto às ponderações e exemplos extremamente elementares e didáticos usados por mim até o momento    como fiz com a Filosofia, a Psicologia (que muito amo) e as línguas, cujo objetivo não foi predatório ou difamatório ─  quem seria eu para tal!.. E sim, e não é outro senão o de exatamente motivar a leigos como eu e a seminaristas; ao efetivo acreditar em seu próprio potencial, entendendo que podem caminhar no pleno buscar conhecer a Deus, independente do inicial inatingível grego e do hebraico.
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         Que nesse didático e elementar    sendo repetitivo e redundante ─; creio eu, de fato se poderá instrumentar um paulatino e firme maior interesse no estudo bíblico, e inclusive também no efetivo estudar o grego e o hebraico (nem tanto), agora com esse entendimento; de maneira tranqüila, passo a passo e dissociada dessa dependência, entretanto segura e até melhor fundamentada, pelo agora maior conhecimento bíblico adquirido no próprio idioma de cada um de nós.    
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         Para terminar esse Estudo, gostaria de fazê-lo de maneira bem interessante no que diz respeito ao seu conteúdo; repetindo quatro falas de pólos diferentes quanto ao intrínseco entendimento teológico dos emissores, e ao mesmo tempo  convergentes quanto ao seu cerne ou essência ─  a primeira de Voltaire, a segunda de João e que já constam desse capítulo a terceira de Pedro, que foi um lembrar aos irmãos, o como ele por meio do Espírito Santo revelou ser o Senhor Jesus o eterno Filho de Deus, e como isso fora posteriormente dito diretamente a eles pelo próprio Deus, e a quarta de Paulo quando falou da gloria anterior do Senhor Jesus como Filho de Deus, seu ministério humano e a sua final exaltação para a gloria do Pai...
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         Voltaire, quando se contrapondo às várias concepções  filosóficas e teológicas sobre Deus; porque ele foi um contumaz contestador  de tudo e de todos, embora com muita coerência, principalmente do catolicismo; quando disse no seu Dicionário Filosófico; subtítulo, Um Único Artesão Supremo, quando fala do seu Deus Providência, que era mais que imanente, quase transcendente e pessoal como Ele nos é apresentado e ensinado na Bíblia    Já convencido de que, não conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha ignorância me deixa abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar que não importa que eu não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que não faça coisa alguma contra a consciência que me deu.  De todos os sistemas que os homens inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão adorá-lo”.
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         Na mesma direção do adorar e na plena intenção de uma relação de equilíbrio racional, o apóstolo João relata dentre as suas visões, a quando diz, no seu Apocalipse capítulo 5. 13    Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas que nela há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.
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         Ainda, a fala de Pedro, a qual me referi, ser essa que se constituiu numa denúncia e profecia, do que  fariam com relação à pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo (nessa pretensa  engenhosa Doutrina da Trindade) que está registrada em I Pedro 1. 16-17    Porque não seguimos a fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela Glória magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; essa voz, dirigida do céu, ouvimo-la nós mesmos, estando com ele no monte santo.
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         Por fim, Paulo disse na sua carta aos Filipenses 2. 5. 11    tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que devia se aferrar,  mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.                               
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         De igual modo, lembrar aqui nesse término de capítulo, o que transcrevi no final do Blog Coisas Importantes sobre  Igrejas em Células, quando reproduzi o que fora dito pelo físico, matemático, astrônomo e também teólogo Isaac Newton, que aparece na conclusão dos seus manuscritos sobre Teologia e Escatologia, denominado Theological Manuscript, disse: ─  “Um homem pode imaginar coisas que são falsas, mas só pode compreender aquilo que é verdadeiro...” É exatamente assim que também penso.    
342
         Que Deus nos abençoe, e por meio do seu Santo Espírito nos ensine a sermos racionais e cuidadosos quanto a tudo o que estudamos e ensinamos, e, sobretudo sejamos espirituais, para que a atuação do seu Santo Espírito seja plena em todos os nossos atos, no pregar e principalmente no ensinar... Amém! MARANATA.
343
Vou parar por aqui, e quanto à crucificação de Jesus; a cruz, como instrumento de pena capital, o seu uso indevido como símbolo cristão, As Cruzadas ─ termo oriundo da força dada a ela como símbolo ─, a sua identificação maior, que é o sinal que identifica a maior hegemonia mundial profetizada no livro do Apocalipse (o sinal da besta); quando explico com detalhes tudo isto no livro que quero editar: O QUE PRECISAMOS SABER PARA COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, no qual, precisamente na resposta de número treze detalho tudo sobre a cruz... Ver um pouco sobre este livro em sete fragmentos do mesmo, postados no Blog: IGREJA MIL MEMBROS OU O EVANGELHO HORIZONTAL, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com   .   
   

           LEMBRETE ou ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de nós tem entendido, ensinado e praticado    em oração, adoração e louvor  ─, que Deus o Pai é o Senhor Jesus; fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta relação ou exatamente dizendo que ele não existe... Sendo isto feito por alguém humilde e de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus levará em conta esse estado de ignorância, conforme Atos 1.17; entretanto: teólogos, professores de Seminários, pastores e diversos líderes de organizações nas igrejas terão que dar conta de tudo quanto têm ensinado.

    
                                                     FINAL I
Esse é o meu décimo nono Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio do Tema seguinte  ─, será sobre aquilo que mover meu coração (cognição é o correto) no momento. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 
FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado  não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 


                    Jorge Vidal  Escritor autodidata     
  
                                    
                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br