A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOUTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
RECURSO PARA TRADUÇÃO EM OUTROS IDIOMAS
O texto que você
continua lendo é integral em português; entretanto, quando foi traduzido para
outro (este) idioma; o sistema Google somente fará do parágrafo 113 até o de número 263 (este
outro Blog, o segundo), devido à extensão (tamanho) do texto que vai até o
parágrafo 343; para tanto você terá que lê-lo em três Blogs... Para voltar ao
Blog anterior ─ o do texto integral ─,
basta clicar no endereço www.heresiadatriunidade.blogspot.com .
Querendo continuar a leitura do Estudo no seu todo
nesse outro idioma que você escolheu; que não corresponde ao português, que no
primeiro Blog é integral. Você que já leu no idioma que preferiu até o
parágrafo 113, e agora estará traduzido até o parágrafo 263. Para ler a partir
do parágrafo 264 até o final do Blog clique neste (o do terceiro e último Blog
do assunto), endereço www.heresiadatriunidadetraducao.blogspot.com
, o qual, lhe remeterá a outro Blog com a continuação do assunto que poderá ser
traduzido, completando o texto total do Estudo no idioma que você escolheu...
Para voltar ao segundo Blog do Estudo clicar no endereço www.heresiadatriunidadetrad.blogspot.com
.
TEXTOS DO
EVANGELHO DE JOÃO
AGLUTINADOS
264
João 10.29-30 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos;
e ninguém pode arrebatá-las da minha mão do meu Pai. Eu e o Pai somos
um.
João 14. 1 ─ Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, credes também em mim.
João 14.8-11 Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai,
e isto nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco, e ainda
não me conheceis, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai: Como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não
crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras
que eu vos digo, não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece
em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o
Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que
crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores que estas;
porque eu vou para o Pai;
João 14.26 Mas o ajudador, o Espírito Santo a quem
o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará
lembrar todas as coisas, e vos lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.
João 14.28 Ouviste
que eu vos disse: Vou, e voltarei a vos. Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu.
João 15.16 Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
João 17.2-3 Assim como lhe deste autoridade sobre toda
a terra, para que lhe dê a vida eterna a todos aqueles que lhes tens dado. E a vida eterna é essa: que te
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
aquele que tu enviaste.
João 17.11 Eu não estou mais no mundo; mas eles estão
no mundo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um,
assim como nós. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.
João
17.18-26 Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles eu me
santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. E rogo não
somente por esses, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em
mim; “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu
em ti, que também eles sejam um em nós”;
para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu lhes dei a glória que a mim me deste, “para que sejam um, como
nós somos um”; “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam um
perfeitos em unidade”, a fim de que o mundo conheça que tu me enviastes, e
os amastes a eles, assim como amastes a mim.
Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens
dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste
antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te
conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu
nome, e lho farei conhecer ainda, para que haja neles aquele amor que me
amaste, e também eu neles esteja.
265
Novamente, quero chamar a atenção, para
o fato e conclusão objetiva; de que a interpretação literal de João 10. 30 Eu e o Pai somos um é de total
improcedência e insustentável, como também João 14. 9 Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me
conheces, Filipe? Quem viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?..
Senão vejamos! Os textos do capítulo treze ao final do capítulo dezessete,
retratam o momento da celebração da páscoa e instituição da ceia; e são nesses
textos que o Senhor Jesus, principalmente à partir do capítulo dezessete;
quando Jesus ora pelos discípulos e também por nós e fala efetivamente em
comunhão. E diz que essa comunhão, pode e deve ser também entre o Pai, o Senhor
(ele) e todos os que o recebam como salvador e Senhor ─ não valendo dois pesos
e duas medidas; de se dizer que quando o Senhor Jesus fala “que ele e o Pai são
um”, seja literal e quando o Senhor Jesus diz “que sejamos um com ele e o Pai”,
aqui seja figurado. Lê-se em João 14. 20
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em
mim, e eu em vós. Também João
17. 21 Para
que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti,
que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me
enviaste. É elementar a conclusão, de que aceitando a interpretação literal
para esses textos, estaremos sem sombra de dúvida; fundamentando e legitimando,
com toda a grandeza, a procedência da
filosofia PANTEÍSTA de Baruc de Spinoza, que conclui na sua sistematização, que
nós seres humanos e todos os elementos
da natureza somos ou formamos um todo com Deus; no que, devemos ter todo o
cuidado no estudar efetivamente as Escrituras; cuidado esse, que para impedir
essas distorções. Ao reproduzir esse texto, que consta dos que foram aglutinados
à semelhança do Midrash, também de
João 14. 28 Ouviste
o que eu vos disse: Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para meu Pai;
porque o Pai é maior do que eu; ou precisamente nessa direção; o Pai
é um e eu sou o outro, Jesus, Seu Filho
unigênito; tudo isto, dentro da visão didática e acessível a todos nós seres
humanos, de que podemos, conforme a oração de Jesus, sermos um em comunhão
com ele e o Pai.
266
Como o já demonstrei reiteradas vezes,
inclusive com a série de textos do Evangelho de João aglutinados ou ordenados
para mostrar o quanto é claro o que tenho defendido, justamente nos escritos
dele ─ aqui no seu evangelho; o quanto é
improcedente essa idéia da tri-unidade ou a de Jesus ser o próprio Pai.
Inclusive, agora, essa consideração a partir desse texto de João 14. 28c; que
já usei no elenco dos textos do
evangelho de João aglutinados. Ainda,
─ Eu e o Pai somos um, no qual se lerá com toda tranqüilidade
semântica, considerando o contexto dos outros três evangelhos e de todo esse de
João, principalmente o capítulo 17: Eu e o Pai temos plena comunhão, em tal
grandeza que Ele me mandou representá-lo junto aos seres humanos, me dando todo
o poder (Mateus 28. 18) e um nome que é acima de todo nome (Filipenses 2.
9-11)... Como ele próprio disse João 5. 26
─ Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho
ter vida em si mesmo.
267
Do mesmo modo como Jesus; quando quis
que ficasse registrado ─ para que os discípulos e nós
aprendêssemos ─ que Jesus é o Filho unigênito de Deus (Mateus
16. 13-17 e que se assenta à direita do Pai, conforme Mateus 22. 41-44, Marcos
12. 35-37 e Lucas 20. 41-44 ─ nessa argumentação já amplamente feita, que
vale a pena continuar...
268
Entretanto, como sinalizei no início do
parágrafo anterior; quero agora trabalhar de maneira mais efetiva essa
informação do Senhor Jesus quanto ao Pai, quando diz que o Pai é maior que ele,
nesse outro registro em João 14. 28c, que objetiva um informar sistemático com
propósitos perseguidos e trabalhados de forma clara e didática.
269
Essa fala de Jesus registrada por João,
obviamente foi intencional; e sendo intencional, demonstra claramente um ensino
que se pretendeu dar com isso; tanto que, já fora feito num relato anterior
desse mesmo evangelho (já transcrito acima), João 10. 29-30 ─ Meu
Pai que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de
meu Pai. Eu e o Pai somos um. Observe que no versículo 29 o Senhor Jesus
diz ser o Pai maior que todos ─ embora no versículo 30 ele diga que ele e o
Pai sejam um, no seguimento, João 10. 36, ele diz também, ser o Pai maior do
que ele ─ como de igual modo, posteriormente repetiu
essa mesma afirmação João 14. 28 ─ Ouvistes
o que eu disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-eis de que
eu vá para meu Pai; porque o Pai é maior do que eu. Que infere
concluir, que quando ele disse que o Pai é maior que todos, isso
incluiria também a sua pessoa, que não é o Pai... Entenda de igual modo, que
toda essa construção, que basicamente
norteia todos os escritos de João, tem a preocupação de informar; ser a
comunhão do Senhor Jesus com o Pai próxima ou parecida com o serem um, e
ao mesmo tempo enfatizar que os dois são duas pessoas distintas... Observe também que neste capítulo, o número 10. 22-
41 ─
que já comentei anteriormente; o assunto tratado foi a acusação dos
fariseus de Jesus se apresentar como sendo
o próprio Deus. Coisa que primeiramente Jesus mostrou que poderia fazê-lo do
ponto de vista semântico, pois há Deus e deuses, citando o Salmo 82. 6 e depois afirmou veementemente ─ àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas;
porque eu disse: Sou Filho de Deus.
270
Considere ainda: Se a Doutrina da
Trindade defende que quando Jesus disse que “Ele e o Pai são um” (João 10. 30),
isso seria literal, como provei com o capítulo 17, ser figurado. O pressuposto
de ser literal como defendem os
trindadistas, exclui o Espírito Santo ou “um” seria somente o Pai e o
Filho. Tomemos todo cuidado com o que apressadamente concluímos do texto
sagrado, ou o que estudamos e estudamos a partir de ditos eminentes
teólogos ─ que são importantes na ajuda do nosso Estudo,
todavia, às vezes exatamente como contraponto ou aquela bigorna (em quem bater,
contrapor-se) de sedimentação que conjeturei no Preâmbulo.
ANTÍTESE DA
DOUTRINA DA TRINDADE
271
Após você ter lido até
aqui o subtítulo sobre a avaliação textos de João e a anterior aglutinação de
textos do evangelho dele; e ainda continuar a defender essa doutrina; meu
querido irmão, nós estaremos com sérios problemas de racionalidade e fé eu e
você. Eu porque estudei, avaliei e escrevi tudo isto baseado no texto sagrado
e, segundo você eu estaria errado... E você, que embora tenha lido e avaliado
todos os textos que citei; não conseguiu entender e aceitar... Realmente, nós
teremos um grande e sério problema de Romanos 12. 1-2, e deveremos continuar
orando e estudando cada vez mais essa maravilhosa Palavra e, desde o começo,
porque até agora nada teríamos aprendido desse manancial inesgotável.
272
Para
começar a fechar, o que já estaria concluído e terminado sobre a Doutrina da
Trindade, que de fato assim não será, pois mesmo crendo que seria o suficiente,
muito ainda se dirá, nisto; parece-me que não foi suficiente o aqui trabalhado
inúmeros fatos narrados e textos discursivos de muito peso teológico; vou
trazer (eu é você que está lendo este Estudo) à memória em destaque quatro (4)
textos que são uma espécie de ANTÍTESE da improcedente Doutrina da Trindade,
que são: João 3. 16 Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, no
que, pelo amor de Deus trindadistas! Deus
enviou o seu filho, enviou o seu filho, enviou o seu filho; porquanto o
Senhor Jesus é o Filho do Senhor nosso Deus, o Pai; e esse texto mostra
claramente a existência dessas duas pessoas. Também Filipenses 2. 5-11 Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual
subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa a que se
devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
tornando-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é acima de todo nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus,
e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo
é Senhor, para a glória de Deus Pai. Por mais que se tente sofismar a
favor da extra-bíblica Doutrina da Trindade que tem um grande peso, pelos seus
dezessete séculos de existência e prática, textos como esse, é motivo de não
permitir decididamente, que se perpetue algo tão absurdo em termos
teológicos... De igual modo, João 17. 3
E a vida eterna é esta: Que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,
e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Que embora seja objetivamente
claro; os “trindadistas” conseguem
fazer do Senhor Jesus, nesse e outros textos, ser uma simples manifestação do
Pai. E por fim o texto de I Coríntios 8. 6
todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual
existem todas a coisas, e por ele nós também… Se você conseguir construir
para esse texto obviamente de duas pessoas, num discurso teológico objetivo, e
numa exegese que conclua o uno
metafísico, uma só pessoa… Terá conseguido invalidar praticamente toda
a fé cristã.
273
É
oportuno que se diga nesse caminhar para o término desse Trabalho, que a
maioria das pessoas que defendem a chamada Doutrina da Trindade; o fazem a
partir de textos não efetivamente sistematizados dentro de uma contextura
ótima, quando apelam para exclusão de textos optando tão-somente por aqueles
que convêm ao que pretendem fundamentar, que lhes são objetivamente contrários,
e o caminho via filosofia torna-se uma muleta importantíssima para
fundamentá-la; sendo também por esse motivo que busquei ostensivamente
trabalhar a improcedência dessa doutrina principalmente nos escritos de João,
todavia, o peso dessa doutrina é muito grande pelo seu tempo de existência;
reitero; embora já tenhamos estudado bastante os textos de João; apelo para que
você que está lendo esse Blog, que carinhosamente leia todo o evangelho de João
e as suas três Epístolas, na qual você verá de maneira muito clara o que a
Bíblia ensina de forma didática e objetiva sobre o Pai, o Filho e o Espírito
Santo... Quando você o fizer, dê uma especial atenção para os textos seguintes:
I João 2. 21-24, I João 5. 5, I João 5. 10
e II João 1. 9.
A
AMBIGÜIDADE FILOSÓFICA DE
AQUINO NA TRINDADE
274
Ainda dentro do que chamo de
antítese dessa doutrina, gostaria de
citar Tomás de Aquino, que assim como Agostinho, não deveria estar dentro dos
Seminários evangélicos como base
para sistematização... Na sua Suma Teológica; questão XXXI; Da Unidade
e da Pluralidade em Deus; em quatro
artigos filosóficos, que tenho certeza; Platão e Aristóteles, dos quais ele e
Agostinho são discípulos; não assinariam em baixo, dessa “mais plena
ambigüidade teológica”, quando ele diz no quinto parágrafo do art. I: “Em
tudo que se diz de Deus, o concreto é
predicado do abstrato; assim a deidade é Deus e a paternidade é o
Pai. Ora, à trindade se não pode chamar trina, porque então haveria
nove realidades em Deus, o que é errôneo. Logo, não se deve
aplicar o nome trindade a Deus. Mas, em contrário, diz Atanásio: Devemos
venerar a Unidade na trindade e a Trindade na Unidade”... O caldeirão
de ambigüidade no qual está contido a Doutrina da Trindade ─ falando com toda
gravidade, permitiu a Aquino se contrapor de maneira veemente a Atanásio aqui nesse axioma jocoso que se resume
numericamente em três tricotomias humanas ou nove realidades em Deus,
decorrentes das três pessoas da trindade. Vê como Aquino mistura as coisas! E
ao mesmo tempo buscou ser contundente; só que por intermédio de uma espécie de antolho,
no qual, com essa sua estreita derivação filosófica ele resolve abandonar o
caminho da trindade, que é próximo do elementar e didático bíblico; para seguir
pela radical visão da tri-unidade, que é a negação total de toda a Bíblia.
275
Toda essa questão denominada: Da unidade e da Pluralidade em Deus, nos seus quatro artigos e oito parágrafos (cinco no primeiro
art. e três no terceiro art.), com as suas dezesseis respostas e também as suas
quatro soluções, deveriam conduzir àqueles que se pautam por Tomás de Aquino; a
romperem com ele e também com Agostinho pelo grau exacerbado de valorização
dado aos filósofos quanto ao que é metafísico,
pondero, para o qual, só a Bíblia por meio dos seus escritores, têm toda a
legitimidade para fazê-lo quando pertinente; sendo que Paulo, o grande teólogo
do texto sagrado, diz que só conseguiremos avançar nesse conhecimento “até o
que é em parte”, conforme I Coríntios
13. 9-12.
276
Efetivamente quanto a essa “Questão XXXI” da Teologia de Aquino; eu
a identifico como uma verdadeira “antítese” à Doutrina da Trindade; pois de
fato essa sistematização de Aquino é um receituário filosófico etimológico para explicar o metafísico, num etimologismo, mais parecido com ficção, que na realidade ninguém
até hoje se aventurou a de fato concluir sobre isto de maneira tão
subjetiva e relativa. A ambigüidade teológica em Tomás de Aquino é algo que se
constata com facilidade, até porque isto decorre do que ele diz nos seus
Trabalhos. Tudo o que é discutido em Aquino tem o pressuposto da separação de
pontos distintos (nichos estanques), quando para cada Tema ou assunto há regra
específica, informada a priori em
cada uma delas: (Essa ou aquela questão em apreço) → Discute-se assim...
Decididamente, coisas desse tipo não passa pelo crivo da minha Concomitância do Contraditório.
277
Essa constatação final quanto ao
exacerbado filosófico etimológico de Tomás de Aquino me
permite mais uma vez lembrar a regra bíblica de sistematização que está em
Isaías 28. 9-13, que não tem nada a ver com raiz lingüística (etimologia) e posterior exegese, também
reiterar a necessidade, em estudo sobre a Bíblia, do uso do método por mim
proposto, o da Concomitância do
Contraditório; que você poderá começar a fazê-lo, principalmente alguns
seminaristas, que são fascinados pela dialética de Aquino, nesse seu Trabalho
citado acima, no qual, se têm soluções e respostas que se contradiriam, se
usado a minha Concomitância do Contraditório, senão, compare o
inciso 3 do art. III com a resposta terceira, dessa Suma Teológica dele.
278
Sinceramente não gostaria de ter
elementos para constatar e concluir a visível veia cosmológica de Tomás de Aquino, que tendo se aferido
basicamente na sua Teologia, que, leia-se metafísica, considerando
ele, a partir de filósofos gregos principalmente Platão (nas falas de
Sócrates) e Aristóteles; ─ na qual parece que Aquino não se deu conta que
eles, a despeito do “ser e não deixar de ser e ser necessário que
Deus exista”; de maneira muito bem
definida e clara; os gregos optam por divindades humanas, ou
seja, o antropomorfismo, deuses com forma humana, ver
primeiramente em Hesíodo, em sua Teogonia;
as diversas obras de Platão, quando
nos diálogos dos diversos filósofos é feita por parte deles menção de crença e
respeitos aos deuses, conforme, inclusive, Atos 17. 16-34,
quando no versículo 18, filósofos epicureus
e estóicos aludem a Paulo o pregar
deuses diferentes dos deuses gregos... Isto compromete tremendamente a Teologia
de Aquino; que de maneira muito clara tem dificuldades em tratar com o
verdadeiro e pleno antropomorfismo e a antropopatia
usados por Deus na sua revelação junto a nós seres humanos através das
Escrituras, no ensinar e efetivamente se relacionar, até porque o Senhor Jesus
tomou forma humana.
279
Se ninguém objetivamente avisou e
impediu a Tomás de Aquino de migrar para a cosmologia
─ parece
que tinha mania disso; ainda há tempo para a conscientização de todos nós; de
que a Teologia se faz basicamente com a Bíblia e obviamente a partir do como
ela nos ensina; e decididamente abandonarmos a Tomás de Aquino como plena
referência para aprendizado, ensino e qualquer sistematização.
280
E quanto à conclusão metafísica de Aquino no seu tratado
primeiro, subtítulo Deus existe; sobre a “caixa e a cama, usando a serra e
o machado, demandar a intervenção de um carpinteiro”; prefiro o
RELOJOEIRO citado por Fraçois Marie Arouet (Voltaire 1694 - 1778), a
“metralhadora giratória do pensamento iluminista”
─ visão minha ─; pois na boca de
Voltaire isso soa muito mais enfático e contundente, porquanto a visão cética e
crítica de todas as suas conclusões, sobre esta e outras inúmeras questões, a
partir de uma hermenêutica abrangente e bem fundamentada o torna muitíssimo
mais importante que Tomás de Aquino.
281
Agostinho e Tomas de Aquino,
como qualquer pensador eminente, podem e devem estar dentro dos Seminários
evangélicos, entretanto considerando o que eles nos têm ensinado; eles deveriam
ser utilizados como bigorna ou
efetivamente aquilo que não é verdade bíblica, até porque eles são genuinamente
católicos romanos.
CONCLUSÃO
SOBRE A DOUTRINA DA TRINDADE
282
Não sou contumaz contestador, como objetivamente já
detalhei no texto da apresentação do meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! A
questão é que; em face da responsabilidade que temos ─
todos nós a temos diante do nosso Deus, e não nos é permitido
contemporizar com essa secular idéia extra-bíblica, que tem feito com que
muitas pessoas já evangelizadas, sejam convencidas a ingressarem na religião
das Testemunhas de Jeová, cuja membresia é composta
linearmente de mais de 50% de ex-evangélicos. Porquanto o que torna possível
essa migração, é exatamente a fragilidade e improcedência bíblica dessa doutrina,
cuja falta de consistência teológica têm feito com que as testemunhas de Jeová usem essa doutrina para fazer o seu eficiente
trabalho de proselitismo, no qual induzem aos evangélicos que conseguem
arrebanhar; a confessar e defender que o
Senhor Jesus não é digno de adoração. E do lado dos trindadistas; tem-se a confusão, de que o Senhor Jesus é o próprio
Deus, o Pai, senão, não teria o direito de ser adorado; em contrapartida ─ exatamente como um contraponto, dizem que o
Senhor Jesus é uma simples manifestação do Pai a nós seres humanos;
literalmente um Jesus terreno com início e fim, esquecendo, ou não tendo efetivamente
conhecimento do que diz Paulo ─ como já citei acima sobre sua carta aos
Filipenses 2. 10-11 para
que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a
glória de Deus Pai... Não sendo isto uma simples questão de ter ou não ter
fé, e sim, plena confusão teológica e a mais clara e secular construção
extra-bíblica.
283
O maior problema quanto à questão Doutrina da
Trindade versus testemunhas de Jeová,
é que alguns pastores e ditos defensores da fé cristã; inclusive existe um órgão específico para isso (Apologética cristã), que têm produzido
uma determinada literatura e cursos a partir dela, que municiam os que
freqüentam a esses cursos, motivando-os a debaterem com as testemunhas de Jeová sobre doutrinas bíblicas; quando esses cursos
buscam enfatizar a questão trindade, deixando de enfatizar o que de fato é
errado na visão deles, que é afirmar que Jesus não é digno de adoração ou não o
lhe ser devida essa adoração. Essas pessoas mal formadas e também mal
informadas começam a citar aquele rol de textos bíblicos que visam legitimar a
Doutrina da Trindade e mais aquela exegese
filosófica que lhe é peculiar... O fim disso, nós já sabemos; a maioria
desses irmãos que tentam fazer esse trabalho acaba ─ isto é um fato, se tornando membros da
religião Testemunhas de Jeová. Quando digo que é um fato a
migração de evangélicos em número elevado para essa religião; também volto a
afirmar que a causa disto é exatamente o tentar junto a eles a defesa da
Doutrina da Trindade, que facilmente eles conseguem destruir com a simples
leitura de textos bíblicos, que eles pedem seja lido em qualquer Bíblia,
todavia após ter te vencido quanto à trindade, buscam estabelecer que o Senhor
Jesus não é digno de adoração, agora usando a Bíblia, na tradução Novo Mundo,
que é a tradução deles.
284
Como prometi no início desse Estudo,
vou listar os textos nos quais o Senhor Jesus afirmou ser Ele o Filho do homem:
Mat. 9. 6, Mat. 11. 19,
Mat. 12. 8, Mat. 12. 32, Mat. 13. 37, Mat. 13. 41, Mat. 16. 27-28, Mat. 17. 9,
Mat. 17. 12, Mat. 17. 22, Mat. 18. 11, Mat. 20. 28, Mat.
24. 27, Mat. 24. 37-39, Mat. 25. 31, Mat. 26. 24 e Mat. 26. 45; também Marcos
2. 10, Mar. 2. 28, Mar. 8. 31, Mar. 8. 38
Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se
envergonhar de mim e de minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do
homem quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos; Mar. 9. 31,
Mar. 10. 33, Mar. 10. 45, Mar. 13. 26, Mar. 14. 21, Mar. 14. 41, Mar. 14.
61-62
Ele porém, permaneceu calado, e
nada respondeu. Tornou o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntando-lhe: “És
tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?” Respondeu-lhe Jesus: “Eu
sou; e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo
com as nuvens do céu”; agora Lucas 5. 24, Luc. 9. 22, Luc. 9. 26, Luc. 9.
44, Luc. 9. 56, Luc. 11. 30, Luc. 12. 10, Luc. 17. 22, Luc. 17. 27, Luc. 17.
30, Luc. 18. 8, Luc. 18. 31, Luc. 19. 10, Luc. 21. 27, Luc. 22. 22, Luc. 22.
48, Luc. 22. 69-70; de igual modo, João 1. 51, João 3. 13-14, João 5. 27, João
6. 27, João 8. 28, João 9. 35, João 12. 23, João 12. 34 e João 13. 31.
285
Da mesma maneira o “Senhor Jesus disse
ser o Senhor nosso Deus era o seu Deus”, e Paulo que sistematicamente ensina
que o Senhor Jesus é o Filho unigênito de Deus e que está assentado à direita
do Pai; também afirma ser o Senhor Jesus, o Filho do homem, conforme Efésios 1.
17; sendo os outros textos os seguintes: Mat. 27. 46, Mar. 15. 34, João 20.
17
Disse-lhe Jesus: Deixa de me
tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu
subo para o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus; também Apoc.
3. 2 e Apoc. 3. 12. Temos ainda essa afirmação pelo Senhor Jesus no seu brado
naquele momento grave e dramático da sua crucificação; que é exatamente o texto
do Salmo 22. 1, que aparece em Mat. 27. 45 e também Mar. 15. 33-34 E, chegada
a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, à hora nona,
bradou Jesus em alta voz: Eloi, Eloi, lamá sabactani? Que, traduzido, é: Deus
meu, Deus meu, porque me desamparaste?.. Esta parte final do versículo
trinta e quatro, o brado do Senhor Jesus na cruz, é literalmente o versículo
primeiro do Salmo vinte e dois. Este Salmo, o de número 22 é um texto profético
sobre a pessoa do Senhor Jesus; por esse motivo vou reproduzir os versículos
16, 17 e 18 que informam de maneira literalmente clara fatos acontecidos no
momento da crucificação: Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de
malfeitores me cerca; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar
todos os meus ossos (não foram quebrados). Eles me olham e ficam a mirar-me.
Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam
sortes.
286
Para que você tenha uma idéia do
desastre dessa doutrina, vou reproduzir os primeiros versos de dois cânticos,
onde de maneira didática, objetiva e popular se poderá visualizar a heresia que
ela é, e a heresia que ela produz: o cântico Rei dos reis; na sua primeira
estrofe diz: Ao único que digno de receber / a honra e a glória, a força e o poder /; o cântico Meu bom Jesus, que também na sua primeira estrofe
diz: És
tu a única razão / para minha adoração ó Jesus
/; o cântico Consagração/Louvor ao Rei nas suas seis estrofes
identifica Deus o Pai como sendo Jesus e a versão do cântico Draw Me Close, para o que seria correto,
conforme a tradução do refrão: Ajuda-me a saber que tu (Jesus) estas
perto/, para o indevido: Adorarei somente a
ti Jesus/... Esses quatro cânticos excluem
literalmente a pessoa do Pai como digno de adoração, pois embora seja lícito e
correto que se diga que o Senhor Jesus é o único Salvador e Mediador, conforme
Atos 4. 12 e I Tim. 2. 5 Porque
há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, homem; e
até que o Senhor Jesus seja a única esperança de salvação, como foi o tema da
campanha de nós Batistas, quando o evangelista Billy Grahm aqui esteve;
entretanto é impróprio e se constitui em erro dizer que o Senhor Jesus é o
único digno de adoração; porquanto isso está a partir do pressuposto de ser o
Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai, sendo isso gerado pela doutrina católica
romana chamada da trindade, que contradiz o que ensina efetivamente a bíblia
sobre as pessoas do Pai e do Filho e do Espírito Santo; como está no texto de
Apocalipse 5. 13. Quanto à cânticos há ainda uma séria observação a se fazer no
que diz respeito ao Espírito Santo; a quem
indevidamente são dirigidas orações sendo isso feito de maneira efetiva, quando na letra de cânticos
─ tornando-se isso preocupante, pelo fato de ter passado pelo crivo de pastores
desses autores, de pastores amigos desses autores e pastores amigos dos pastores
desses, e ainda o pior ─ quando em alguns casos, serem pastores os
autores dos cânticos quando se alterna a pessoa do Pai e do Filho e de adoração
e oração ao Espírito Santo. Porque como estudamos detalhadamente até aqui e
ainda farei; em nenhum texto bíblico é
estimulado e ensinado que se deva adorar ou orar ao Espírito Santo do
Senhor ─
que não é a terceira pessoa da trindade e sim a pessoa de Deus Pai e do
Filho, conforme Atos 16. 6-7. Ou o Espírito Santo é de Deus, de sua
propriedade, como é exaustivamente ensinado de Gênesis a I João que escreveu o
Apocalipse׃ Gênesis 1. 2
─ (...), Mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas e I João 4. 2 ─ Nisso conhecereis o Espírito de Deus; (...). Sendo o nosso
enaltecê-lo, o referirmo-nos sempre a Ele como aquele, que da parte do Pai e do
Filho, nos consola, capacita, ouve e nos fala...
287
Um ótimo
exemplo de cântico com letra correta do ponto de vista teológico, é o de número
quinze do cantor cristão, titulado de
Exultação ─ A
Deus demos glória / com grande fervor;
Seu Filho bendito por nós todos deu; / a graça concede ao mais vil pecador, /
abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
Exultai! Exultai! Vinde todos louvar /
A Jesus, Salvador,
a Jesus redentor;
A Deus demos glória, porquanto no céu /
Seu Filho bendito
por nós todos deu. Quem conhece
esse cântico sabe, e quem não conhece tendo contato com todo ele ─ que
só reproduzi a primeira estrofe, verá essa coerência e assertiva teológica que
tenho defendido aqui; que infelizmente a maioria dos hinos e cânticos não têm
em suas letras.
288
Anjos
receptores de orações de crentes é heresia do erro de interpretação do texto de
Apocalipse 8. 3-4, senão veja Romanos 8. 26-27. Também estranha
e lamentavelmente, vê-se quando do sermão, a homilética dos diversos pregadores;
a dificuldade de muitos pastores quando detalham o relacionamento entre o
Senhor Jesus e o Pai e, por força de vários textos nos quais o Pai é chamado de
Deus, e o Filho de Senhor Jesus... Visivelmente eles entram em conflito
explícito e, começam a afirmar reiteradas vezes: Jesus é o próprio Deus, Jesus
é o próprio Deus, Jesus é o próprio Deus! A causa objetiva desse procedimento é
que a Doutrina da Trindade, ou mais precisamente da tri-unidade é improcedente
e até impraticável por parte dos que a defendem, pois quando se vêem em
conflito numa simples verbalização sobre o assunto, como o descrito acima, os
leva a naquele momento a quase refletir, entretanto continuam nessa conduta
extra-bíblica de heresia.
289
O livro do Apocalipse fecha, termina e
conclui a Bíblia Sagrada, e é esse endereço acima, cujo texto é reproduzido a
seguir, que fala da consolidação do reino do Senhor Jesus, que têm e terá a
nós, a sua Igreja como súditos... Cito o texto abaixo que também ajuda a
encerrar esse capítulo de maneira objetiva; com esse texto de Apocalipse 5.
13
Ouvi também a toda criatura que
está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que
nele há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos...
O Senhor Jesus, o Cordeiro, sendo adorado junto ao Pai; não formando com
Ele um único ser, como enuncia exaustivamente a errada Doutrina da Trindade,
mas em perfeita comunhão, aqui de forma alegórica como se fossem um em
comunhão, conforme João 10. 30, pelos séculos dos séculos.
290
É inconcebível o que afirma essa doutrina, que se traduz na sua exegese
como tri-unidade, que diz ser Deus o Pai e o seu Filho o Senhor Jesus uma única
pessoa, se assim é; por cerca de trinta e três anos tivemos Deus aqui na Terra
e a sua conseqüente ausência nos céus, que sendo isso verdade, também
seria verdade que Deus se esquecera de dizer isto ao Senhor Jesus ou conforme a
Doutrina da Trindade; não teria dito a si mesmo e aos discípulos, pois
eles ensinaram exaustivamente durante todo o tempo; que existirão eternamente
o Pai e o Filho, e se assentarão um ao
lado do outro por toda a eternidade, como Paulo diz, em outros
e nesse texto, conforme Colossenses 3. 1
Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas
que são de cima, onde Cristo está, assentado à destra de Deus. Isso é o que a Bíblia ensina de maneira
didática, simples e da forma mais elementar possível. Entretanto, se você quer
considerar a metafísica ou o panteísmo ou ainda alçar um vôo
filosófico maior do que procurei trazer para esse Trabalho ─ como
já ponderei quanto ao tempo e a criação, quando pedi e lhe dei milhões de anos
à frente para respostas ─ agora lhe peço tão-somente alguns anos; pois
a volta do Senhor Jesus está próxima
─ porquanto Paulo nos diz que “conheceremos como somos plenamente
conhecidos”... É só conviver um pouco mais com o elementar antropomorfismo e a antropopatia, que todos nós entendemos (em parte) e quando ele
voltar entenderemos tudo plenamente.
291
Já estando na
fase conclusiva desse Estudo, no qual aconteceram varias reiterações visando um
melhor entendimento; creio valer a pena continuar um pouco mais usando e
abusando da sua paciência e atenção.
292
Há correntes que estudam um pouco mais
o texto sagrado e concluem que como já provei neste Estudo A Doutrina da Trindade É
Heresia; concordando que o texto
sagrado ensina que o Senhor Jesus e o Pai são duas pessoas de fato distintas,
entretanto, como se estivessem presas e compromissadas com essa idéia
extra-bíblica; ponderam, que os discípulos assim informaram, por não terem
chegado a entender que o Senhor Jesus é Deus, o Pai... Sendo essa conclusão por
demais perigosa, pois, não só atribui a Atanásio o direito pós-bíblico de
acrescer o texto sagrado, sendo dele a paternidade dessa pretensa revelação,
adaptada posteriormente à metafísica, também legitimaria que a
revelação de Deus ao mundo, ainda estaria por se completar, ensejando também a
necessidade de canonizar informações pós Novo Testamento já passadas, e algumas
que poderão ainda aparecer.
ERUDIÇÃO VERSUS
TRADUÇÃO
293
Ilustres senhores teólogos e professores
dos Seminários, tão bem informados sobre filosofia e a muitíssimo estudada metafísica;
exercitem as suas mentes e procurem lembrar-se do que têm estudado e ensinado
sobre a Bíblia; porquanto Paulo e os
demais escritores bíblicos conheciam tudo sobre as conclusões metafísicas quanto ao Ato,
Simples, Imóvel, Potente e Primeiro Motor, pois
desde os pré-sócraticos, Sócrates,
Platão e Aristóteles, que sistematizou a lógica
e a metafísica; isto era muito claro para todos e
amplamente difundido antes e durante a
era cristã; entretanto eles preferiram ficar com o ensinamento bíblico que
contempla o pleno antropomorfismo e a
antropopatia dentro da didática do teológico acessível aos “pequenos
incultos” quanto às revelações dadas a eles e, as transmitiram a nós através
desse mesmo texto sagrado e com as mesmas características de como
receberam.
294
De igual modo é verdadeiro e não falso;
que todo esse conjunto de ensinamentos diferentes do que é bíblico, que tenho
contestado aqui; não têm de fato nada a ver com que ensina a Bíblia; no que,
prosseguir nisto se constitui em erro doutrinário e clara heresia, e até
perdoem a franqueza, em plena infantilidade teológica; todavia não entendam
como desrespeito a infantilidade
teológica, pois esta é uma linguagem bíblica, conforme Hebreus 5.
12-14, I Pedro 2. 2; também I Coríntios 3. 1-2, a figura criancice ou
infantilidade, que é parte da carta, na qual Paulo fala de maneira específica
contra a filosofia grega e as tradições judaicas indevidamente mescladas à verdadeira
doutrina, como ainda hoje; que ensejam usar de maneira pertinente as figuras:
meninice, criancice e infantilidade, quando se fala de alguém que abandona o que efetivamente ensina o texto
sagrado.
295
Entendam, reitero, que a minha veemência
busca alinhamento com as ponderações de Paulo, que são veementes e pertinentes,
e num grau elevado; nas quais me arrisco a concluir; que tem havido no decorrer
da história por parte dos teólogos e dos que se dizem defensores das coisas de
Deus, um claro e exacerbado demonstrar de erudição em cima da simplicidade da
revelação dada a nós seres humanos através do texto sagrado; complicando com
isto o seu fácil e pleno entendimento segundo os propósitos de Deus; para os
quais criaram ainda, o pressuposto da necessidade de se conhecer e falar o
grego e “até o hebraico” para se interpretar a Bíblia, a partir de quais de
fato textos isentos de uma avaliação mais aprofundada? Também em vários
Trabalhos sobre Teologia e em muitas obras da literatura evangélica se têm
usado de maneira impertinente o grafar no grego e no hebraico, textos bíblicos,
sem a devida necessidade de esclarecer problemas de etimologia quanto à
tradução, numa clara demonstração intencional de erudição. Embora o
conhecimento pleno do grego seja bom, como o é importante o do inglês hoje, não
esqueçamos ou tenhamos a consciência de ser um fato concreto o não existir
discussão substantiva sobre as traduções da Bíblia, também, como todos nós
sabemos, o que marcou o efetivo conhecimento popular contemporâneo do texto
sagrado, foi a visão maravilhosa de Lutero que acabou contagiando o mundo, ao
traduzir o Novo Testamento para a sua língua, o alemão, que marcou de maneira
decisiva, essa verdade contundente, de ler, interpretar e ensinar as coisas de
Deus contidas na Bíblia, na língua de cada povo a que pertençamos. Como já
fizera João Wycliffe, A estrela Matutina da Reforma a partir de 1373; que aos poucos foi promovendo a
tradução da Bíblia do latim para o inglês; e à medida que traduzia partes, já
as ia distribuindo com seus alunos e o povo; pois assim como aconteceu e o
continuar acontecendo, estar-se-á desse modo, em pleno acordo com o dissera o
Senhor Jesus em exultação; que a revelação do seu Evangelho é principalmente
para os menos doutos, conforme Mateus 11. 25-26
Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou ó Pai, Senhor do seu
e da terra porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as
revelastes aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tenhamos
cuidado com a interpretação dada a esse texto, que diz serem, os pequeninos, os
“doutores que são humildes” ─ claro que também estão incluídos, quanto a
revelação, mas estamos falando objetivamente dos sábios e entendidos em
hebraico e grego e demais em outras áreas, e o fato é que, como tenho
insistido, a revelação do Evangelho do Senhor Jesus visa a todos,
conseqüentemente a sua apresentação terá que ser elementar, didática e accessível a todos.
296
Do
início e ao final do Preâmbulo,
prometi que repetiria três parágrafos relacionados com a questão tradução do
texto bíblico e vou fazê-lo na sua integridade, mesmo sendo repetição de
considerações sobre Lutero, que já estão ditas acima, que são os seguintes:
Dentro dessa questão. Houve sistematizações quanto aos ensinamentos das leis e
profecias do Antigo Testamento, por exemplo, a Quarta Filosofia, fundamentada a partir de textos de Daniel
capítulo 2 e 7, que é detalhada no meu livro Ceia, sim! Cruz, não; que se deram de forma concomitante ao
período, por intermédio dos escribas e doutores da lei, posteriormente os
efetivos rabinos... Jesus começa o seu ministério praticamente revisando todas
as sistematizações das tradições judaicas e as suas interpretações das leis e
profecias desses doutores da lei; estabeleceu o Colégio Apostólico; que é a
figura dos nossos Seminários de hoje, entretanto não havendo sucessão
apostólica pós Matias e Paulo, cujos discípulos continuaram essa revisão das
sistematizações e as reproduziram na doutrinação da Igreja primitiva emergente.
297
A sistematização paralela ao Antigo
Testamento fora feita basicamente em hebraico e aramaico ─ que creio ter sido o
início da trajetória de chegarmos a usar a Bíblia traduzida na nossa própria
língua, por meio do grego koiné.
298
O Senhor Jesus, na sua sistematização, explicação e
aplicação das informações do Antigo Testamento, a fez exatamente nessa forte contraposição, como
desde início do seu ministério, as fez falando em aramaico. Os discípulos após
terem aprendido diretamente com Jesus e Paulo por revelação, Gálatas 1. 15-16,
fizeram as suas pregações em hebraico ─ Paulo, Atos 21. 37-40, também em aramaico e em grego ─ dentro dessa interessante trajetória de
diversificação lingüística, concomitante ─;
posteriormente escreveram em grego, o que está canonizado; para que
através desse idioma, as verdades de Deus chegassem a cada povo e língua.
Conforme ficou marcado, de maneira grave, num momento igualmente grave da
história; o início da consolidação desse processo, com a tradução do Novo
Testamento para o alemão, feita por nosso irmão, o ex monge católico romano
Martinho Lutero ─ que o fez a partir do texto grego do Novo
Testamento de Desidério Erasmo, o maior
erudito da reforma, conhecido como Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536), publicado em 1516 usando o latim e o grego,
dispostos em duas colunas. O que estou efetivamente dizendo é
que a Bíblia traduzida para o meu, o seu idioma ou o de qualquer pessoa, é toda
suficiente para que estudemos com segurança as verdades de Deus contidas nas
suas páginas; sem nos esquecermos do Trabalho pioneiro de João Wycliffe (1320 -
1384) professor de Teologia da Universidade de Oxford, a Estrela Matutina da Reforma, em quem se cumpriu os 1290 dias de
Daniel 12. 11, que começou a traduzir o texto sagrado para o inglês, e à medida
que o ia fazendo, os distribuía aos seus alunos e demais pessoas.
299
Continuando
quanto a essa questão idioma do original bíblico versus traduções ou a visão elitista-lingüística dessa
dependência... Há que se considerar preliminarmente que essa pseudo-dependência; só é ou foi
verdadeira até o momento em que de fato se consolida ou se consolidou com a
tradução, que inclusive pressupõe o fato de que a recíproca é verdadeira ou o
valor dito maior desse ou daquele idioma versus
tradução, está transitória e simplesmente parametrizado ao momento em que se
conclui a efetiva tradução ─ obviamente o ser recíproco infere que o idioma A
está para o idioma B, assim como o idioma B está para o idioma A, portanto com
importâncias iguais.
300
Há que se fazer exegese em hebraico e em grego!..
Isto é o que exige essa visão elitista-lingüística da bitola acadêmica dos
Seminários de Teologia, entretanto esse pressuposto é ou só será de fato
verdadeiro quando dois lingüistas versados nesses idiomas se entendem: um como
o emissor, aquele que apresenta a exegese e o receptor, aquele que a ouve ou a
lê... Essa seria a efetiva exegese nesses idiomas, que para acontecer
demandaria da parte de ambos, o pleno conhecimento da história, dos mitos, das
leis, costumes, nuanças culturais e folclóricas dos povos dessas línguas,
antropologia e sociologia. Quero falar agora do que chamei de volta no
início, mas, antes disso, lhe peço que tenha em mente o pressuposto de agora, que
são os dois lingüistas, cuja volta (tradução) infere que esses também sejam
efetivamente versados na língua portuguesa... Não sei se você está
entendendo; todavia creio que estivemos conjeturando, não sobre aquele que está
estudando o texto sagrado e sim exatamente sobre tradutores, que já fizeram
esse trabalho na tradução séria de todos os textos, para os quais, de alguma
forma, alguns dessa vertente lingüística ─ achando necessária essa dependência
acabam criando dificuldades.
301
Do outro modo, repudio os arranjos, que são paráfrase
do texto já traduzido e também são literalmente o acrescentar advertido em
Apocalipse 22. 18 chamados de Bíblia na linguagem de hoje, versão jovem, também
outras e principalmente, pela sua denominação injuriosa e indevida a versão chamada
de Bíblia viva, cujo desaviso quanto à inferência, agride a tradução séria,
quando literalmente a estariam chamando de morta, mas de fato o
pressuposto é contra a Bíblia... Porque decididamente, não há nem de leve a
possibilidade de Jesus ter usado o coloquial ou gíria ─
embora tivesse mais vezes falado a pessoas simples e humildes e a poucos
letrados ─; daí uma fala não culta ou sempre coloquial, como especulam alguns
de visão popularesca, todavia, nos dois casos Ele seria seriamente criticado
pelos sacerdotes e doutores da lei, quando, pelo contrário eles elogiaram a sua
autoridade e maneira como falava, que com certeza fora didática, acessível,
todavia solene. Pastores sérios repudiem comigo, o que tenho ponderado aqui!
302
Parece que todas as coisas sérias que buscamos
aprender e ensinar estão dentro do que Thomas More enumerou em sua Utopia, a sua sátira veemente à
sociedade inglesa e européia, e de um modo geral, foi e, porque não dizer,
continua sendo uma crítica de fato pertinente a tudo o que aconteceu e acontece
no nosso mundo contemporâneo... Isso torna oportuno e bom citar o que Morus
reivindica no subtítulo: Das viagens dos
utopianos e outros assuntos diversos,
na página 74 do seu livro A Utopia,
quando diz: “Aprendem (os utopianos) as ciências na sua própria língua,
rica em expressões, harmoniosas ao ouvido e apta para interpretar fielmente
o pensamento”. Também, segundo Charles Francis Potter no seu livro História das Religiões; quando fala do
grande erudito da reforma Desidério Erasmo o Erasmo de Rotterdam, cita o
prefácio do Novo Testamento traduzido por ele em 1516, no qual se vê uma coluna em latim e outra em grego, a
partir do qual Lutero o traduziu do grego para o alemão, reiterando. Assim se
lê o prefácio de Erasmo, como nos informa Potter: Apud ─ “Quisera fossem eles (evangelho e
epístolas) traduzido para todos os idiomas que pudesse... o lavrador cantar um
ou outro verso, ao seguir o arado, o tecelão trauteá-los ao som do tear, e o
viajante, matar o tédio da jornada com suas histórias”. Considerem
também que essa tradução do autor de Elogio
da Loucura, o grande Erasmo de
Rotterdam, visou escandalizar a igreja romana que tinha tornado o latim e não o
grego como a língua bíblica. Vejamos também o que ele diz em Elogio da Loucura sobre idiomas e de um
modo especial o grego, na defesa da tradução na própria língua de cada
povo ─
“A esse respeito, pareceu-me igualmente oportuno imitar os retóricos dos
nossos dias, que se reputam outras divindades, uma vez que podem gabar-se de
outras línguas como a sanguessuga (língua bifurcada) e
consideram coisa maravilhosa inserir nos seus discursos, de cambulhada, mesmo
fora de propósito, palavrinhas gregas, a fim de formarem belíssimos
mosaicos. E, quando acontece que um desses oradores não conhece as línguas estrangeiras,
desentranha ele de rançosos papeis quatro ou cinco vocábulos, com os quais
lança poeira aos olhos do leitor, de forma que os que o entendem se orgulhem do
próprio saber e os que não o compreendem o admirem na proporção da própria
ignorância”. Vale a pena e é oportuno que se credite a Morus e Erasmo a
total e plena autoridade para esse tipo de crítica, pois tinham conhecimento e
familiaridade com o idioma grego e outras línguas.
303
No meu pequeno segundo livro, A Noiva aprovada por Ele; no primeiro capítulo me insurjo contra a
defendida significação para Eclésia
(grego, ’Еκκλεσία), Igreja,
assembléia, como sendo “chamados para fora”, que segundo alguns viria da raiz
etimológica da palavra. Tem-se no livro As
igrejas do Novo Testamento do irmão MC Daniel, em um estudo sobre isso,
defendendo esse entendimento. Só que aquele estudo já identifica uma espécie de
opção confronto ao pretenso direito de “A Igreja” ostentado pelos
católicos romanos, daí pode se concluir, como diz o ditado popular׃ a emenda ficou pior que o soneto,
pois Senhor Jesus ensinou enfaticamente
(João 17. 9-18) que a igreja está no mundo ─ à semelhança da arca, que estivera
no mundo inundado na época de Noé, que produz naturalmente uma significação
exatamente contraria, se necessária fosse! Que seria literalmente׃ chamados para dentro, e
seria uma aplicação perfeitamente verossímil, porquanto o Senhor Jesus fez essa
construção em Mateus 24. 37-41 e Lucas 17. 26-27 ─ Como aconteceu nos dias de Noé, assim será
nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos;
sendo repetitivo: estavam todos no mundo (do lado de fora da arca), ignorando o
aviso de Noé, entretanto, os animais e os que estavam dentro da arca se
salvaram. Nesse livro o irmão Daniel identifica modos e formas como a palavra Eclésia é usada no texto sagrado ao
referir-se a essa assembléia, a Igreja de Cristo, coisa perfeitamente normal
quanto a muitos e muitos vocábulos nas diversas línguas, que ganham
efetivamente essa ou aquela final significação dentro de textos em função da nuança
semântica dos mesmos, nos quais a questão etimológica fica de certa
forma relativa pela importância da semântica.
304
Isso é tão sério; que o elenco de significações
dentro de nuanças semânticas, que o livro não sinaliza é colocado para a Igreja
como instituição, que no sentido plenamente etimológico, são as organizações
humanas; para textos que falam objetivamente da Igreja que não é visível
obviamente não sendo instituição, que é organização humana; cujo texto
primeiro e básico é o da pergunta feita por Jesus aos discípulos sobre o que as
diversas pessoas e eles pensavam ser Ele, conforme Mateus 16. 13-19, que é o
principal texto que fala da Igreja׃ Instituída, edificada, criada, constituída... Todavia, de maneira
nenhuma instituição, mas aquela que tem dentro de si as diversas instituições,
denominações, até porque contra ela não prevalecem as portas do inferno,
entretanto, prevalece sim, sobre as igrejas instituições, que têm dentro
de seus membros joio e trigo ou lobos e ovelhas. Nesse livro de MC Daniel é
feita essa confusão mostrada aqui; que acontece exatamente quando se perde a
visão semântica dos textos e se entra na indevida camisa de força ─ a
linguagem figurada está sempre presente! Da chamada raiz lingüística
(etimologia) da pré-dependência do idioma original, já plenamente traduzido.
305
O texto principal citado acima agora o transcrevo,
Mateus 16. 18-19 ─ Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela; dar-te-ei as
chaves do reino dos céus; o que ligares, pois na terra será ligado
nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus. Sendo repetitivo quanto a esse texto ─ por
coerência com a regra que enunciei e por que esse assunto merece.
Decididamente, para essa Igreja descrita
aqui nesse texto, não existia nenhum termo grego para lhe dar nome com
característica intrínseca etimológica, pois como já expliquei, sendo isso muito
claro no texto, Ela não é instituição, sendo transcendente, tendo como
membros somente os salvos, portanto sem nenhuma relação etimológica com a
língua grega... Por conseguinte ou exata necessidade no escrever no grego, foi
denominada de Eclésia pelos
evangelistas dentro da visão semântica possível, e perfeitamente compreensível,
que não traz para si a etimologia do inicial do vocábulo, mas sim o que na
prática objetivamente significava naquela época e era assim entendido... Para
não complicar mais ainda não vou considerar para análise a contaminação do
idioma grego para o que está traduzido para inferno, que é o inferno da
mitologia grega: o Hades, que, inclusive tinha um deus com o mesmo nome que era
irmão do deus Zeus, o maior do Panteão da Mitologia grega.
306
O texto acima é o básico ou principal com relação à
Igreja e todas as igrejas que a compõem, que o irmão Daniel chama no seu livro
de instituição, todavia é óbvia a improcedência dessa classificação, porque
para classificar a transcendente Igreja de Cristo como organização ou
instituição, ter-se-á invariavelmente que adjetivá-la, de transcendente ou
invisível, como fez o nosso tradutor, na Bíblia, ou outro adjetivo que possa
fazer com que as terminologias para coisas humanas possam ser usadas para
ela... Dentro disso tem-se no texto sagrado para essa Igreja que não é
instituição, os textos de: Mateus 16. 18, o transcrito acima, Gálatas 1. 22,
Efésios 1. 22, Efésios 3. 10, Efésios 3. 21, Efésios 5. 23, Efésios 5. 24, Efésios 5. 25, Efésios
5. 27, Efésios 5. 29, Efésios 5. 32, Filipenses 3. 6, Colossenses 1. 18, Colossenses 1. 24, I Timóteo 3. 15, Hebreus
12. 23, e para igreja como corporação ou instituição os demais 93 textos. Do
total de 109 textos conforme o próprio irmão Daniel informa no seu livro sobre
o assunto.
307
É objetivamente claro que as ponderações que estou
fazendo aqui não têm absolutamente nada a ver com esse Estudo sobre a
tri-unidade, todavia esse posicionamento meu contra a valorização exacerbada
da etimologia, tem estado presente em
tudo o que escrevo; e aqui nesse texto aparece algo que é considerado por
muitos como polêmico, quanto ao poder da Igreja e outra questão que alguns
entendem como perda de salvação. Vale a pena caminhar um pouco mais no mesmo.
308
Como já expliquei, é perfeitamente claro nesse texto
que o Senhor Jesus está falando de uma Igreja que não é uma instituição
terrena, com C.N.P.J. ou autorização dos Impérios ou reinos para existir, se nos
reportarmos para aquela época, e como também se constata, de fato sobre essa
Igreja não prevalecem a portas do inferno, reiterando, pelo fato dela não ser instituição
terrena... Essa Igreja é transcendente e não pode ser atingida por
Satanás e é a mesma que pela aceitação de Jesus como salvador liga
definitivamente o pecador com os céus... Agora quanto a inferência que você
possa estar ou querendo fazer, no que diz respeito ao desligar dos céus;
considere também o versículo que diz que Satanás não tem poder sobre ela, que
disso se conclui: No Antigo Testamento Deus diz enfaticamente que não tem
prazer na morte do ímpio, João diz que Deus mandou seu Filho Jesus para morrer
pela raça humana porque os ama, e Pedro na sua segunda epístola 3. 9, diz que
Deus não quer que ninguém se perca. Se Deus não quer que ninguém se perca, as
portas do inferno não prevalecem contra a Igreja; esse poder para desligar é
simplesmente a informação retórica de que Cristo a cabeça da Igreja tem poder
para ligar e desligar, perdoar pecados e dar vida a quem quiser, conforme o
texto de João 10. 18.
309
Os escritores do Novo Testamento quando fizeram os
registros dos fatos relacionados com os atos de Jesus e os seus ensinamentos,
também quando das cartas, o livro dos Atos dos Apóstolos e o Apocalipse; não
criaram termos ou palavras novas para o idioma grego e sim usaram as existentes
e perfeitamente associadas ao cotidiano dos que usavam essa língua, como já
ponderei nesse capítulo sobre o substantivo Teo ou Theós (grego, Θεός), que
eles também usaram para identificar o Ser Supremo revelado ao povo judeu, o
Deus que adoramos... Decididamente não existe ou existiu o idioma grego
evangélico; do latim até pode ser, pois o catolicismo criou efetivos termos
dito eclesiásticos para si.
310
O substantivo eclésia,
assembléia foi usado pelos escritores do Novo Testamento a partir da idéia
vigente sobre essa palavra nas nuanças do uso desse termo para essa ou aquela
assembléia, que no caso da Igreja de Cristo ─
um reunião ou grupo de pessoas ─, é adjetivada como imaculada por
pertencer a Cristo, sendo sua Noiva, e na
visão lingüística objetiva, definitivamente; “A Igreja” é a assembléia
universal composta de santos e pertencente a Cristo. Não que esses que o
aceitaram a como salvador, estivessem
─ e os que irão aceitar,
estejam ─, dentro (na superfície) do planeta terra ou
mundo, foram ou sejam entendidos agora de chamados ou tirados para fora... Para onde, em que lugar?.. Vou responder de
maneira curta e objetiva. Se estavam dentro da Terra (sua superfície) ─
diferente do etimológico defendido, que é dentro de num recinto ─, que
também está dentro do cosmos; só há uma conclusão para onde podem ser tirados
ou chamados: “para o infinito e além!” ─ como é o bordão do
personagem astronauta de Toy History, Bass light year... Tudo isso que estou
dizendo aqui é facilmente identificado nos textos traduzidos em português.
Novamente aqui, aquela mesma intenção de mais um assunto, mostrando com mais
esse fato o quanto temos nos afastado do que é efetivamente bíblico; tanto no
entender e principalmente no como estudar, na direção do nosso próprio idioma e
mais uma vez, sendo repetitivo; mostrando a improcedência da exacerbação da
etimologia no idioma original ─ contra isto me insurjo, não contra o grego ou
qualquer que possa nos ajudar a melhor entender essa ou aquela questão ─,
quando esquecemos principalmente da semântica, para textos já convenientemente
traduzidos...
311
O que preciso dizer de forma objetiva com relação ao
termo eclésia é que as ponderações
feitas aqui sobre a questão etimologia, decididamente não têm ou terá nada a
ver com os lexicógrafos e as suas conclusões, porque como já expliquei de
maneira detalhada. A Igreja de Cristo constituída no início do seu ministério
foi posterior à criação dessa e de outras palavras (vocábulos); que estão
diretamente ligadas ao povo grego e o inicio e evolução da sua existência ─ não
tendo a Igreja de Cristo nenhuma relação com o etimológico desse termo ─ já
disse isso várias vezes. O lamentável quanto a isso é que de maneira errada e desavisada; pastores têm inventado
até explicações para ajustá-las a essa deformação, como: o tirados para fora
significar que as igrejas não devem ficar dentro das quatro paredes de seus
templos, e sim sair para evangelizar. Quando na realidade (perdoe o
coloquial), uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
312
Agora, para concluir esse assunto; imagine uma assembléia
(grego, eclésia) de um clube de
futebol ou determinado condomínio ou pior, a reunião (assembléia) dos
acionistas de uma determinada empresa; considerando que assembléia significaria
no grego, chamados ou tirados para fora, essas reuniões teriam que ser
realizadas em local público, na rua. Decididamente, parece que não temos
entendido nada sobre Teologia e Lingüística... Sobre eclésia falarei um pouco mais quando falar do assunto pastores,
relacionando-os a ela.
313
O elenco de coisas enumeradas até agora faz também
lembrar, que a “Pedra Roseta”, só é
importante hoje, como acervo histórico do museu Britânico de Londres; porquanto
o que conta como relevante quanto a ela e o seu texto, foi e é a tradução ou
decifração, descoberta do que fora convencionado para esse escrito feito por
Jean François Champollion; que a colocou cronologicamente dentro de uma das
quatro heranças políticas do Império de Alexandre o Grande, a dinastia helênica
dos egípcios que começou com o general Ptolomeu e terminou em Cleópatra; sendo
que essa decifração ou tradução permitiu entender melhor, os escritos sobre o
misterioso e fechado Egito antigo, sendo também esse período o da LXX, setuaginta, tradução do Antigo
Testamento para o grego.
314
Interessante é continuar lembrando tudo isso, nos remete a trazer para
bem próximo de nós incultos, a mais elementar visão de gramática; que demandou
inicialmente descobrir em cada língua, o conjunto de regras a serem
convencionadas para a seu efetivo uso operacional ─
convenção é a palavra chave!.. Tenho por hábito brincar quanto a isso
usando a maneira mais elementar possível, quando digo que o estabelecer
convenções quanto a termos (palavras) das línguas é na prática convencionar a
definitiva convenção, por exemplo: isto aqui é tá, tá, tá ─ tá, tá, tá,
ok? e aquilo ali é ti, ti, ti ─ ti, ti, ti, também ok? O processo, que tem esse início e
característica por demais elementar, se sofistica e caminha na direção de
abrangência maior, entretanto parametrizado pelo elementar mecanismo da
convenção, que o sistematiza como gramática; que ao fim, gera na relação de uma
língua (idioma) com a outra, o conhecer claramente de maneira definitiva, quem
é e o que são os tá, tá, tás, e quem são e o que são os ti, ti, tis.
315
Depois
dessa série de considerações sobre a questão tradução, quero mostrar que a
Bíblia legitima o caminhar nessa direção... Primeiro quero também informar que
essa tendência de valorizar em demasia as línguas originais do texto sagrado
tem conexão com um texto profético do livro de Amós 8. 11-12, que fala da
supressão da Palavra, a Bíblia, e é usado por muitos estudiosos de Escatologia
que dizem estar ainda por acontecer
─ isso por falta de conhecimento
bíblico, pois hoje isso seria impossível de se concretizar; não sendo preciso
enumerar os óbvios porquês, quando na realidade isso já aconteceu desde o
imperador Diocleciano e até a chamada Reforma Protestante ─ durante 1260 anos,
portanto, cujos pontos importantes contemplaram dentro de si a tradução do Novo
Testamento para o alemão... Esse período contemplou no seu início nos anos 303
a 305 a matança de todas as lideranças da verdadeira Igreja de Cristo, a
destruição de todos os lugares de culto e a destruição de toda a literatura
cristã existente com os crentes; esse processo, no seu início, teve um
desdobramento no final desse 4o século, que foi a tradução da Bíblia
para o latim; se tornando por imposição católica romana a língua oficial do
texto sagrado; tanto que monges ignorantes se escandalizaram quanto ao Novo
Testamento latim e grego de Erasmo; quando estranharam
escandalizados e entenderam como heresia o idioma grego sendo usado nas
Escrituras ─ porquanto a partir da
tradução latina de Jerônimo se perdeu até Erasmo a verdade do original bíblico
ser grego, incluindo a LXX ─, e como estava profetizada por Amós (Amós 8. 11) a
supressão através da negação da Bíblia para os leigos, que continuou até o
evento da Reforma.
316
Em segundo lugar, como disse anteriormente, a
própria Bíblia legitima de maneira contundente a sua tradução para todas as
línguas, contudo consideremos que a tradução para o latim chamado Vulgata teve
motivação de “romanizar” o texto sagrado e restringi-lo ao clero, como foi visto
na história. Porquanto a partir do relato da descida do Espírito Santo, o Pentecostes;
e quanto ao “entender em suas próprias
línguas” é um texto profético
claramente na direção desse processo de universalização do texto sagrado por
meio da tradução para todas as línguas; conforme Atos 2.4-6 ─ E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas (grego, γλωσσα ou γλωττα ─
glossa, língua), conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens
piedosos, de todas as nações que há
debaixo do céu. Ouviu-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava
confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua (grego,
διάλεκτος - dialektos, idiomas). Como
foi visto no texto acima em português, é objetivamente claro que línguas do
verso quatro denotam na sua construção, ser uma fala (língua) desconhecida,
conforme I Coríntios 14. 2; do outro modo o versículo seis mostra na construção
desse último período da constituição do texto, ser línguas aqui, idiomas e
dialetos... O estranho e complicado é que naquilo onde a questão do que está no
original grego pode de fato ajudar e até elucidar a possível
controvérsia no presente, pois
quanto à tradução, a semântica já objetivou o entender o texto em português;
não se vê por parte dos lingüistas
─ que defendem essa dependência
─, a efetiva, oportuna e necessária valorização desse fato presente no texto
bíblico e aqui objetivamente mostrado.
317
O que foi visto nesse texto mostra uma sinalização
da parte de Deus por meio da ação do seu Santo Espírito; quanto ao valor e a
necessidade de cada um ter disponível em
sua própria língua todas as informações sobre as coisas referentes a Ele e o
seu Filho, o Senhor Jesus, que como disse acima; o Espírito Santo capacitou aos
que ali estavam reunidos no cenáculo a falarem uma língua não compreensível por
vias normais ─ como detalharei no Estudo sobre dons espirituais ─; pois como mostrado aqui foi de forma
sobrenatural que se traduziu de maneira simultânea e individual, o que estava
sendo dito por intermédio daquela fala estranha; para o entendimento das várias
pessoas de idiomas e dialetos diferentes, que ali estavam; numa clara aprovação
e sinalização profética de que essa seria a óbvia forma (tradução) pela qual o
Evangelho chegaria a todos os povos e todos os idiomas e dialetos.
318
Isso que tenho ponderado aconteceu no ministério do
Senhor Jesus, quando do confronto com os doutores da lei, que nessa
denominação dada a esses que tinham a missão de ensinar ao povo; por si já
mostrou e mostra o perfil extremamente acadêmico daqueles. A contrapartida
disso foi o ensino didático e elementar de Jesus, que foi todo suficiente,
justamente na direção dos humildes, e ao mesmo tempo no de dar aos que irão
cumprir a “grande comissão” ─ Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, (...), ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho
mandado, (...), todo o respaldo simples e elementar para tornar fácil e
accessível esse importante trabalho de ensino... A lista de ponderações acima objetiva e resume o que tenho
explicado sobre o não ser imprescindível o grego e muito menos o hebraico para
se interpretar o texto sagrado, já traduzido para o idioma de quem quer que
seja.
319
Após todas essas ponderações, veementes, porém
sinceras, abro o meu coração aos queridos e ilustres doutores, professores
altamente versados em hebraico e grego... ─ Não tenho nada absolutamente nada
contra os senhores, pelo contrário, se Deus me der tempo e condições ainda
chegarei ao nível de mestres que sois. Entretanto entendam que tudo o que disse
aqui está exatamente na direção do entender essa questão línguas como objetivo
de quem estuda perseguir nesse objetivo,
até porque, entender e falar efetivamente qualquer língua (idioma) são
coisas muito difíceis, ainda que com garra no atingi-lo, todavia, não como de
fato necessidade; considere também o grande amor que tenho pela Palavra do
nosso Deus e do seu Filho o Senhor Jesus, no nome de quem peço ao Pai, que pela
ação do seu Santo Espírito preserve a Bíblia na sua forma o mais simples
possível em cada língua para acesso e entendimento fácil dos pequeninos, ainda
que seminaristas.
320
De igual modo é importante que fique bem claro que
em momento algum eu tenha dito, aqui neste Blog, em outro, em livros, em
ensaios sobre vários assuntos, que tenho feito e até em of; que não se
deva sinalizar e dar aos seminaristas; os primeiros contatos com o hebraico
(nem tanto) e o grego, no estudo dessas línguas nos Seminários e se estimule de
maneira firme a importância do estudo de línguas, objetivando para o
seminarista o bom e importante continuar a estudar o grego; todavia reitero, o
não precisar delas para interpretar “convenientemente” o texto sagrado
traduzido na nossa língua... Creio que agora posso caminhar no concluir esse
Estudo...
321
Neste final de Estudo, digo que, não posso fechar
questão sobre o que seja realmente a total e plena verdade sobre Deus
Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, porquanto estou plenamente
de acordo com Paulo (I Coríntios 13. 12), quando diz que agora conhecemos em
parte. Todavia confesso que do ponto de vista dialético, a idéia filosófica do Deus-uno-metafísico ou três pessoas
serem uma, é sedutora do ponto de vista do blá, blá, blá, acadêmico; entretanto
defendo intransigentemente a revelação, simples, elementar, didática e
acessível do antropomorfismo e antropopatia como são encontradas na
Bíblia, que insisto veementemente deve ser respeitada, entendida e ensinada com
todas as suas características intrínsecas. Porque ainda que quisesse caminhar
na direção da tri-unidade (chamada de Doutrina da Trindade) e conjeturar ser a
pessoa do Senhor Jesus a forma ou o meio pelo qual se torna possível o nosso
futuro conviver com Deus o Pai, pois, como dizem, não resistiríamos a sua
presença... Considerando até todos aqueles argumentos: do Emanoel ─ que seria o
próprio Deus encarnado e não o seu Filho representando-O como afirma de maneira
clara o texto sagrado ─; sendo a forma
humana que Jesus tomou para vir até nós, nos redimir e se tornar o noivo da
Igreja composta de muitos que já aceitaram e os que o aceitarão; e sim seria o
Senhor Jesus o próprio Deus, o Pai que governará eternamente com os homens,
como se na realidade Jesus sempre tivesse sido o Pai.
322
Seria essa conjectura mais uma tentativa de
legitimar a tri-unidade; entretanto Paulo se preocupou em falar muito sobre
isso, para esclarecer essa questão de maneira bem clara e definitiva, como o
fez nas suas diversas epístolas, e de um modo mais abrangente quando
escreveu aos de Corinto, inclusive no
texto que já transcrevi no início desse capítulo (I Coríntios 8. 6); que é plenamente elucidativo como esse de I
Coríntios 15. 24-28 ─ Então virá o fim quando ele entregar o
reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo o domínio, e toda
autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto
todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é
a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando
diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que
lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas,
então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe
sujeitou, para que Deus seja tudo em todos... Coisa essa, que
acontecerá na sua exata plenitude e consumação de tempo; após o término do
Milênio e o subseqüente Juízo Final, como nos informa Paulo nesta fala aos
irmãos de Corinto, quando se consolidará todo o Ministério do Filho Messias
Salvador (propiciação pelos nossos pecados), o nosso Senhor e Jesus Cristo, na
total entrega do reino ao Pai para sempre, conforme versículos vinte quatro, e
vinte e oito.
323
Pode ser sedutora, engenhosa e altamente filosófica,
mas essa infeliz idéia da tri-unidade em Deus não se sustenta do ponto de vista
bíblico, porque qualquer construção cristã-platônica-Aristotélica irá
esbarrar na morte, quando da crucificação, ressurreição e o posterior
assentar-se à direita de Deus, o Pai, ou seja, um Jesus ressuscitado
vivendo eternamente junto ao Pai. Entendo
nessa mesma direção, e assim deve pensar o verdadeiro cristão ─ creio eu, que o pressuposto de Dr. em
Divindade, divindades pode ser, não é e nunca será o profundo
conhecimento acadêmico sobre mitos e crenças dos diversos povos, e sim o
conhecimento de Deus, o Pai, seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo ─
esse doutorado seria correto, se fosse possível; que por mais que estudemos
sobre essa questão, o conhecimento será no máximo “em parte” ─ que infere o não ser possível de
fato o doutoramento sobre esse assunto.
324
Vou de alguma forma repetir o que já foi dito no
parágrafo anterior sobre ressurreição, porque entendo ser de suma importância o
reiterar que a ressurreição e posterior ascensão do Senhor Jesus aos céus e o
assentar-se à direita do Pai, é um exato contraponto à doutrina da tri-unidade,
pois como encontramos literalmente e de maneira clara no texto sagrado; o
Senhor Jesus foi crucificado, morreu e ressuscitou com um corpo glorificado,
que Paulo em analogia com a nossa ressurreição, diz em I Coríntios 15. 20, ser
a ressurreição de Jesus as “primícias dos que dormem” ou o protótipo da nossa
ressurreição, que teve o seu referencial profético e alegórico no primeiro dia
(domingo) do Pentecostes, conforme estarei detalhando no Estudo O Batismo Inaugural do Espírito Santo.
325
Reiterando pela segunda vez, até parece que todos
nós estamos na fase do leitinho espiritual do conhecimento, inclusive os
doutos teólogos, que não percebem o principal e elementar fato importantíssimo;
que é a base de fundamentação do cristianismo, a ressurreição do Senhor Jesus e
o seu posterior assentar-se a direita do Pai, que como já disse: é uma
perfeita antítese, pois zera, e torna exatamente impossível a idéia de
tri-unidade, como ensinamento compatível com o que o texto sagrado ensina. ─ Há
de fato muitas coisas a serem estudadas por todos nós na Bíblia!
326
Estou aqui novamente ponderando e massificando ou
efetivamente repetindo o que já ostensivamente expliquei, justamente para
sinalizar e enfatizar o quanto foi e é sedutora a construção filosófica da
tri-unidade; que estranhamente tem
contraponto lógico e natural, sendo assim, é plenamente filosófico, pois
sendo Jesus o eterno Filho de Deus, como ensina detalhada, didática e
incisivamente a Bíblia (Hebreus 10. 12)... Decididamente não caberia nem de
leve a possibilidade de Jesus ser o próprio Pai. Como Paulo ─ reiterando, nos
declara enfaticamente no texto titulado pelo tradutor de Cântico de vitória, conforme Romanos 8. 34 ─ Quem nos condenará? Cristo é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu
dentre s mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede
por nós.
327
A solução filosófica simplista e sedutora, das três pessoas em uma ─ sendo repetitivo e
repetitivo ─ tem de forma direta, como contraponto a si, uma exatamente
simplíssima conclusão verdadeiramente bíblica, que é ser Jesus o Filho
unigênito de Deus ─; sendo isso a base áurea de fundamentação do cristianismo,
que tem também como texto áureo, sendo isso entendido por todos os que estudam
a Bíblia, em João 3. 16... Que em uma paráfrase sobre esse texto, teríamos mais
ou menos o seguinte: ─ Deus, que junto a si tinha a todo o tempo o
seu Filho o Senhor Jesus (João
1. 2-3 e 17. 5), amou o mundo de tal
maneira, que o enviou para morrer
pelos nossos pecados e posteriormente ressuscitar para novamente com Ele estar.
A Doutrina da Trindade pode ser sedutora do ponto de vista filosófico,
entretanto não tem nada a ver com o que a Bíblia efetivamente ensina de maneira
didática a todos e principalmente aos que não têm conhecimento de filosofia.
328
Em um parágrafo anterior, o quarto, e justamente no
que falo da sedução da tri-unidade; denominei a fundamentação dessa doutrina de
forma veemente, coloquial e jocosa de blá, blá, blá filosófico, para criar mais
um espaço ou a possibilidade real de novamente mostrar, dentro da visão de
sucessivas reiterações, que a despeito da Doutrina da Trindade ter quase
dezessete séculos de existência, isso não a torna ou tornaria pertinente.
Entretanto tenho que concordar que essa sua idade milenar e o senso comum por
ela adquirido; demanda que eu seja redundante
repetitivo e tudo o que se possa contra ela na direção de poder melhor
explicar a sua improcedência.
329
O coloquial blá, blá, blá, embora seja provocativo,
é de fato o que corresponde à idéia da tri-unidade e toda a sua argumentação,
como tenho demonstrado nesse subtítulo, mostrando aqui e ali reiteradas vezes a
sua inconsistência... E o fazendo mais uma vez sou levado a lembrar que essa
doutrina afirma de maneira categórica ser Deus três pessoas; até aqui, Deus
físico plural, que considerando a volta do Senhor Jesus aos céus, agora Deus
seria somente um ser amorfo e até o que não se engloba em nada, segundo Aquino
ou “o Deus mistérios Dele mesmo”.
Que remete à conseqüente e pertinente “pergunta que nunca quererá calar”
bordão perfeitamente pertinente, muito usado por pastor amigo: Afinal, são três pessoas ou
uma? Ainda, considerando que o texto sagrado ensina como demonstrei no preâmbulo e nesse Estudo não ser o
Espírito pessoa física; e os próprios trindadistas
não se resolvem quanto a isso, caberia uma outra pergunta ─ não estou aqui
brincando quanto a essas perguntas, porquanto é exatamente isso essa doutrina
projeta na direção do procurar entendê-la, nas suas incongruências e
ambigüidades...
330
No que, essa construção coloquial provocativa até
funciona como uma forma de causar um choque, e motivar o ver que é elementar
demais o concluir como improcedente essa estranha doutrina... Entenda o blá,
blá, blá, assim: como exatamente um grito de apelo lancinante na direção do
motivar a melhor e mais sincera análise daquilo que se tem aceitado
tranqüilamente como verdade bíblica como se fossemos néscios.
331
Também essa questão
quantitativo-filosóficas de Jesus 100% homem, 100% Deus, é estranha à Teologia
bíblica, que diz de maneira simples e clara: O Senhor Jesus é o Filho unigênito
de Deus, sem essas considerações filosóficas, que conviveram e convivem com a
Teologia bíblica, não a tendo penetrado ─ graças a Deus por isso ─; nem por meio de Paulo, que as conhecia
plenamente (as diversas vertentes filosóficas), todavia não as usou como
material didático na sua grade de ensino.
332
O que estou efetivamente dizendo e
concluindo nestes últimos parágrafos, é que entender de fato a Divindade ─
estou falando do Deus vivo, seu Filho, o Senhor Jesus e do Espírito Santo que
habita em nós, sua efetiva vontade, os seus juízos, os pormenores de todo o seu
ser, o universo, enfim! Tantas e tantas coisas que não sabemos; é que reconheço
que o pleno saber sobre Deus está no inacessível e inescrutável para mim e a
qualquer ser humano, ainda que legitimamente doutores em várias áreas; remete-me
a concordar literalmente sem nenhuma leviandade e tentativa de erudição com o
filósofo Sócrates, quando dissera que o conhecimento consiste em saber que
nada sabemos... E mesmo que busquemos o conhecimento que vem de Deus
através do seu Santo Espírito, ainda estaremos aquém da sua plenitude, conforme
nos diz Paulo em I Coríntios 13. 12
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos a
face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como
também sou plenamente conhecido. Ensinemos
a Bíblia conforme a simplicidade nela contida; sem as essências, as imanências,
as transcendências e etc.. Mas, tão-somente com o simples e elementar revelado
aos pequeninos (Mateus 11. 25-27)... Para informação de muitos que não sabem
(tem informação) da capacidade e conhecimento de Paulo sobre a filosofia grega
e as obras de Platão. O texto de I Coríntios 13. 12 é uma paráfrase da Alegoria
da Caverna de Sócrates em Platão na sua obra A República.
333
Sendo intencionalmente repetitivo para
terminar este Estudo, lembremo-nos do que disse em outros Blogs-s e no
subtítulo Sistematização Teológica; sobre
o princípio verdadeiro de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia que
não é mera regrazinha de sistematização estabelecida por teólogos, e sim
um fato... Pelo fato do legítimo ser o que todos os escritores do Novo
Testamento, explicaram, concluíram ou efetivamente sistematizaram... Não coube,
cabe ou caberá nenhum posterior reparo por qualquer teólogo, por mais brilhante
que seja, que não se alinhe ao que eles sinalizaram como caminho e verdade;
porque do mesmo modo seria o caos e vazio de legitimidade, ou tem caminhado
nessa direção, como tenho contraposto de maneira veemente neste Trabalho. Se a sistematização feita pelos autores do
Novo Testamento não é definitiva para
ser seguida, e cabe-lhe revisão ─ não estou falando contra a hermenêutica por
parte de teólogos posteriores ─ já chamei a atenção para isso reiteradas
vezes, intencionalmente, sendo repetitivo e até chato ─
estará de fato ou já está estabelecido o caos teológico, ou quem terá
esse pseudo direito final, ou até eternamente continuado de sistematizador
final?
334
Ilustres teólogos, professores de
Sociologia, Filosofia, Psicologia e Lingüistas; peço a máxima compreensão
quanto às ponderações e exemplos extremamente elementares e didáticos usados
por mim até o momento ─ como fiz com a Filosofia, a Psicologia (que
muito amo) e as línguas, cujo objetivo não foi predatório ou difamatório ─ quem seria eu para tal!.. E sim, e não é
outro senão o de exatamente motivar a leigos como eu e a seminaristas; ao
efetivo acreditar em seu próprio potencial, entendendo que podem caminhar no
pleno buscar conhecer a Deus, independente do inicial inatingível grego
e do hebraico.
335
Que nesse didático e elementar ─
sendo repetitivo e redundante ─; creio eu, de fato se poderá
instrumentar um paulatino e firme maior interesse no estudo bíblico, e
inclusive também no efetivo estudar o grego e o hebraico (nem tanto), agora com
esse entendimento; de maneira tranqüila, passo a passo e dissociada dessa
dependência, entretanto segura e até melhor fundamentada, pelo agora maior
conhecimento bíblico adquirido no próprio idioma de cada um de nós.
336
Para terminar esse Estudo, gostaria de
fazê-lo de maneira bem interessante no que diz respeito ao seu conteúdo;
repetindo quatro falas de pólos diferentes quanto ao intrínseco entendimento
teológico dos emissores, e ao mesmo tempo
convergentes quanto ao seu cerne ou essência ─ a primeira de Voltaire, a
segunda de João e que já constam desse capítulo a terceira de Pedro,
que foi um lembrar aos irmãos, o como ele por meio do Espírito Santo revelou
ser o Senhor Jesus o eterno Filho de Deus, e como isso fora posteriormente dito
diretamente a eles pelo próprio Deus, e a quarta de Paulo quando falou
da gloria anterior do Senhor Jesus como Filho de Deus, seu ministério humano e
a sua final exaltação para a gloria do Pai...
337
Voltaire, quando se contrapondo às
várias concepções filosóficas e
teológicas sobre Deus; porque ele foi um contumaz contestador de tudo e de todos, embora com muita
coerência, principalmente do catolicismo; quando disse no seu Dicionário Filosófico; subtítulo, Um Único Artesão Supremo, quando fala do
seu Deus Providência, que era mais que imanente, quase transcendente e pessoal
como Ele nos é apresentado e ensinado na Bíblia
─ “Já convencido de que, não
conhecendo o que sou, não posso conhecer o que é meu autor, minha ignorância me
deixa abatido a cada instante. Consolo-me refletindo sem cessar que não importa
que eu não saiba se meu Senhor é ou não extenso, desde que não faça coisa
alguma contra a consciência que me deu. De todos os sistemas que os homens
inventaram sobre a Divindade, qual adotarei? Nenhum, senão adorá-lo”.
338
Na mesma direção do adorar e na plena
intenção de uma relação de equilíbrio racional, o apóstolo João relata dentre
as suas visões, a quando diz, no seu Apocalipse capítulo 5. 13 ─ Ouvi também a toda criatura que está no
céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas que nela há,
dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos; e os
quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.
339
Ainda,
a fala de Pedro, a qual me referi, ser essa que se constituiu numa denúncia e
profecia, do que fariam com relação à
pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo (nessa pretensa engenhosa Doutrina da Trindade) que está
registrada em I Pedro 1. 16-17 ─ Porque
não seguimos a fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua
majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela
Glória magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; essa voz, dirigida do céu, ouvimo-la nós
mesmos, estando com ele no monte santo.
340
Por
fim, Paulo disse na sua carta aos Filipenses 2. 5. 11 ─ tende em vós o mesmo sentimento que houve
em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual
a Deus coisa a que devia se aferrar, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome
de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo
da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de
Deus Pai.
341
De igual modo, lembrar aqui nesse término
de capítulo, o que transcrevi no final do Blog Coisas Importantes sobre
Igrejas em Células, quando reproduzi o que fora dito pelo físico,
matemático, astrônomo e também teólogo Isaac Newton, que aparece na conclusão
dos seus manuscritos sobre Teologia e Escatologia, denominado Theological Manuscript, disse: ─ “Um homem pode imaginar coisas que são
falsas, mas só pode compreender aquilo que é verdadeiro...” É
exatamente assim que também penso.
342
Que Deus nos abençoe, e por meio do seu
Santo Espírito nos ensine a sermos racionais e cuidadosos quanto a tudo o que
estudamos e ensinamos, e, sobretudo sejamos espirituais, para que a atuação do
seu Santo Espírito seja plena em todos os nossos atos, no pregar e
principalmente no ensinar... Amém! MARANATA.
343
Vou
parar por aqui, e quanto à crucificação de Jesus; a cruz, como instrumento de
pena capital, o seu uso indevido como símbolo cristão, As Cruzadas ─ termo oriundo da força dada a ela como símbolo ─, a
sua identificação maior, que é o sinal que identifica a maior hegemonia mundial
profetizada no livro do Apocalipse (o sinal da besta); quando explico com
detalhes tudo isto no livro que quero editar: O QUE PRECISAMOS SABER PARA
COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, no qual, precisamente na resposta de número treze
detalho tudo sobre a cruz... Ver um pouco sobre este livro em sete fragmentos
do mesmo, postados no Blog: IGREJA MIL MEMBROS OU O EVANGELHO HORIZONTAL,
endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
.
LEMBRETE ou
ADVERTÊNCIA ─ Se qualquer um de nós tem entendido,
ensinado e praticado ─ em oração, adoração e louvor ─, que Deus o Pai é o Senhor Jesus;
fazendo isto, está sistematicamente excluindo Deus o Pai nesta relação ou
exatamente dizendo que ele não existe... Sendo isto feito por alguém humilde e
de pouco conhecimento; entendo que a grande misericórdia de Deus levará em
conta esse estado de ignorância, conforme Atos 1.17; entretanto: teólogos,
professores de Seminários, pastores e diversos líderes de organizações nas
igrejas terão que dar conta de tudo quanto têm ensinado.
FINAL I
Esse é o meu décimo nono Blog,
conforme expliquei no início nas Considerações
Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo
postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio
do Tema seguinte ─, será sobre aquilo
que mover meu coração (cognição é o correto) no momento. Com relação aos meus
Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de
acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os
Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título
correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo do
Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos
mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não
tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua
citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de
maneira justa e de acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor
autodidata
Email egrojladiv@yahoo.com.br